As principais frases estampadas nos cartazes são “Saímos do Facebook” e “O gigante acordou”.
Os meios alternativos vêm sendo cada vez mais utilizados para expressar a insatisfação com a conjuntura nacional e ecoar as vozes até então silenciosas em meio à multidão. A cada manifestação, o uso de cartolina é uma constante que elevou a procura nas papelarias e lojas de vendas destes materiais em torno de 20%.
De acordo com lojistas, os produtos mais procurados são cartolinas, pincel atômico, tinta guache, lápis de pintura facial e em alguns estabelecimentos esses produtos já se esgotaram do estoque na semana passada.
As principais frases estampadas nos cartazes são “Saímos do Facebook” e “O gigante acordou”. Para o estudante universitário Felipe Xavier, além da economia os meios alternativos são considerados como principal instrumento de integração de oficinas de cartazes e porque cria um ambiente favorável à troca de ideias e conhecimentos das pessoas que estão no local dos protestos.
Ainda de acordo com o universitário, antes das mobilizações a juventude se reúne para realizar oficinas de cartazes. “Tudo como forma de ecoar a nossa voz que muitas vezes é silenciada em meio à multidão e até mesmo como democratizar o acesso à comunicação popular e de massa”, destacou.
Em decorrência das mobilizações, uma papelaria localizada no Centro de Maceió renovou o estoque de uma só vez. “Foi muito rápido, chegou um homem e pediu os materiais em grande escala. Pensamos que era para alguma escola, mas ele disse que era para o protesto que ocorreria no período da tarde”, enfatizou Mariluze Santos, vendedora.
A gerente do estabelecimento, Edneide de Lima, garantiu que 20% do estoque foi renovado e espera confiante novas vendas para o próximo protesto, que está programado para ocorrer nesta quinta-feira, 27. Ainda de acordo com ela, a única dificuldade encontrada se dá em relação ao trânsito que fica complicado no local.
“Que venha as próximas manifestações, estamos muito alegres. Uma vez que eles protestam por dias melhores e ainda fazem a economia girar”, concluiu Edneide Lima.