A maior parte dos atuais 2 mil estudantes participantes vem de países africanos de língua portuguesa, como Cabo Verde, Guiné-Bissau, Angola e Moçambique, e da América do Sul, especialmente do Paraguai.
O Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G) – considerado um dos principais instrumentos de cooperação educacional entre o Brasil e outros países em desenvolvimento – tem recebido cada vez menos alunos estrangeiros. Segundo levantamento do jornal O Estado de S. Paulo, de 2008 a 2012 o número de pessoas interessadas em estudar de graça em universidades brasileiras caiu mais de 35% – passou de 853 para 552. O levantamento também mostra que a maior parte dos atuais 2 mil estudantes participantes vem de países africanos de língua portuguesa, como Cabo Verde, Guiné-Bissau, Angola e Moçambique, e da América do Sul, especialmente do Paraguai.
Administrado pelo Ministério da Educação e também pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE), o PEC-G tem a parceria de instituições de ensino superior de todo o País, especialmente as públicas. Nelas, parte dos estudantes selecionados ganha bolsas e auxílios para moradia, alimentação e transporte. Cada instituição define os critérios de seleção dos benefícios. Para o economista e especialista em educação Claudio de Moura Castro, ex-diretor-geral da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o programa poderia ter mais promoção. "Nenhum fator objetivo reduz a atratividade do Brasil. A graduação no País é bem melhor que a desses países africanos e latino-americanos de um modo geral, por exemplo", diz Castro.