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Psicólogos e estudantes protestam contra ‘cura gay’; sindicatos participam de ato

Psicólogos e estudantes de Psicologia de Maceió decidiram se unir à mobilização da Frente pelo Passe-Livre de Maceió e saíram às ruas para protestar contra o Projeto de Lei que ficou conhecido como ‘Cura Gay’.

Priscylla Régia/Alagoasd24horas

Vários temas entraram na pauta dos manifestantes

Psicólogos e estudantes de Psicologia de Maceió decidiram se unir à mobilização da Frente pelo Passe Livre de Maceió e saíram às ruas para protestar contra o Projeto de Lei que ficou conhecido como ‘Cura Gay’.

O PL – que determina o fim da proibição, pelo Conselho Federal de Psicologia, de tratamentos que se propõem a reverter a homossexualidade – está sendo duramente criticado pelos profissionais que o consideram um retrocesso.

O psicólogo e professor universitário, Félix Vilanova, disse ao Alagoas24Horas que o objetivo da manifestação de profissionais da área e estudantes de todo o Brasil é mostrar o “absurdo” que é o projeto aprovado na semana passada pela Câmara dos Deputados. “Nosso objetivo, enquanto profissionais é lidar com conflitos e emoções e não reverter a orientação sexual das pessoas. Tanto um heterossexual, quanto um homossexual tem problemas. A intenção é orientar como viver melhor, sem culpas e preconceitos. Não podemos fazer previsão taxativa de resultados de uma vida prometendo a cura”, disse.

De autoria do deputado João Campos (PSDB-GO), a proposta pede a extinção de dois artigos de uma resolução de 1999 do conselho. Um deles impede a atuação dos profissionais da psicologia para tratar homossexuais. O outro proíbe qualquer ação coercitiva em favor de orientações não solicitadas pelo paciente e determina que psicólogos não se pronunciem publicamente de modo a reforçar preconceitos em relação a homossexuais.

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Além de psicólogos, o protesto contou com a adesão de outras categorias profissionais como professores, policiais civis e militares, bombeiros militares e representantes da CUT.

O protesto é pacífico e está sendo acompanhado por poucos policiais militares, que garantem a segurança da manifestação.

Contra a morosidade da Justiça

Em meio a multidão de jovens e movimentos sociais uma mãe acompanhava o protesto segurando a foto de uma criança. Ao se aproximar da equipe do Alagoas24Horas, a mulher se identificou como Benedita Leocádio da Silva, mãe de Ana Sophia Barbosa da Silva, 4 anos, que morreu no ano passo, supostamente vítima de erro médico.

A mãe contou que foi à manifestação para protestar contra a morosidade da Justiça. Ela acionou o Governo do Estado na Justiça após a morte da filha, que sofria de estenose pulmonar. Segundo ela, a menina precisou de atendimento de urgência no Hospital Geral do Estado, mas não tinha especialistas para atendê-la e ela acabou morrendo.

“Pretendo usar o dinheiro da ação para criar o Instituto Ana Sophia Barbosa Coração Valente para atender crianças doentes de Alagoas”, disse Benedita.