Quem ainda não conseguiu levar o filho para tomar as duas gotinhas de imunização contra a poliomielite (paralisia infantil), tem até o dia 5 de julho para procurar uma unidade de saúde. Isso porque, o Ministério de Saúde prorrogou a campanha nos Estados que ainda não atingiram meta de vacinar 95% do público-alvo, que corresponde a crianças maiores de seis meses a menores de cinco anos.
Em Alagoas, até a manhã desta sexta-feira (28), já foram vacinadas 89,75% da meta estadual (249.351), que corresponde a 223.788 crianças. De acordo com o levantamento da alimentação do banco de dados (Gotômetro), desse total, quatro municípios alagoanos apresentam cobertura entre 70% e 80%, 38 municípios estão entre 80% e 95%, e 60 municípios já vacinaram mais que 95% do público alvo.
Segundo a coordenadora estadual do Programa Nacional de Imunização (PNI), Denise Castro, é necessário manter a alta cobertura vacinal que ajudou a erradicar a doença no País. “É importante a conscientização dos pais sobre a importância desta imunização, para que possamos manter o Brasil livre da pólio”, alertou.
Ainda de acordo com a coordenadora, o município de Pariconha atingiu a maior meta (113,82%), seguido por Tanque d’Arca (111,53%). Já Murici e Joaquim Gomes estão empatados na menor colocação com 76%, seguidos por São Luiz do Quitunde (86%) e Maceió (80%).
Pólio – A poliomielite é uma doença contagiosa, que pode infectar crianças e adultos através do contato direto com as fezes ou com secreções expelidas pela boca das pessoas infectadas. A patologia não tem cura e a vacina é a única forma de prevenção.
A aplicação das gotinhas permite também a disseminação do vírus vacinal no meio ambiente, ajudando a criar a imunidade de grupo, reforçando a proteção coletiva em todas as crianças. O último caso registrado de poliomielite no Brasil foi há 24 anos e, desde 1994, o País mantém o certificado de erradicação da poliomielite, emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).