Nesta tarde o deputado e o procurador conversaram a portas fechadas e logo após atenderam à imprensa.
Cinco dias após ter denunciado, à imprensa alagoana, irregularidades na movimentação bancária da Assembleia Legislativa do Estado (ALE), o deputado João Henrique Caldas (PTN) procurou o Ministério Público do Estado (MPE) para entregar a documentação que comprovaria o sumiço de R$ 4,7 milhões dos cofres do parlamento alagoano.
O deputado foi recebido pelo procurador-Geral de Justiça, Sérgio Jucá, que cobrou, no dia seguinte à publicidade das denúncias, essa documentação para comprovar supostas irregularidades. Nesta tarde o deputado e o procurador conversaram a portas fechadas e logo após atenderam à imprensa.
JHC entregou um calhamaço com mais de três mil páginas, além de CDs com o material digitalizado para serem analisados pelo MPE. “Pretendo aprofundar o conteúdo dos extratos e então conseguir transparência e publicidade”, disse sobre as denúncias.
Apesar da nota oficial emitida à imprensa logo após as denúncias, JHC assegura que não lhe foi entregue nenhum documento que comprove o uso do dinheiro, nem tampouco, responderam aos seus questionamentos. “A maior vítima é o povo, por isso, quero fazer um trabalho transparente”, concluiu.
Jucá, por sua vez, disse que o material será analisado e se ficar constatado o crime, abrirá representação contra a Mesa Diretora da ALE. “Tais circunstâncias de abertura da representação legitimam o Ministério Público na apuração dos fatos. Queremos saber se houve crime ou improbidade administrativa”, disse o procurador.
Por enquanto o MP não deve se pronunciar sobre o fato, nem estipulou prazo para apresentação de parecer. Sobre um item referente ao Imposto de Renda, Jucá afirmou que, se comprovada irregularidade, será encaminhado ao Ministério Público Federal.