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Atos buscam mudança na legislação trabalhista e reforma política

Dia Nacional de Lutas tem atos realizados em todo o país. Um dos pedidos é a redução da jornada de trabalho para 40 horas.

G1

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Movimentos sindicais realizam protestos nesta quinta-feira (11), Dia Nacional de Lutas, em diversos pontos de São Paulo. Apesar de cada grupo ter reivindicações específicas para suas categorias, as centrais sindicais também fecharam a defesa de mudanças na legislação trabalhista. O pedido para a realização do plebiscito sobre a reforma política também foi lembrado por parte dos manifestantes.

Ao menos oito sindicatos e cinco grupos não ligados a partidos participam dos atos. A manifestação foi convocada há algumas semanas pelas centrais sindicais, principalmente pela internet, para pedir, entre outras coisas, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e o fim do fator previdenciário. Os atos são planejados na esteira da onda de manifestações realizadas em junho no país.A pauta das centrais sindicais prevê redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais sem redução de salários; fim do PL 4330, que trata da terceirização; fim do fator previdenciário; destinação de 10% do PIB para a educação e de 10% do orçamento da União para a saúde; transporte público e de qualidade; valorização das aposentadorias; reforma agrária e suspensão dos leilões de petróleo.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) reivindica o plebiscito da reforma política, mas o tema não é consensual entre as centrais. O presidente da CUT, Vagner Freitas, cobrou do Congresso a votação das reivindicações dos trabalhadores e a reforma política. "Não podemos deixar os congressistas fazerem o que quiser. Queremos o plebiscito. O Congresso precisa ouvir os trabalhadores, eles não podem engavetar nossas reivindicações. Se não formos ouvidos, faremos outra greves como hoje", afirmou.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, encerrou a manifestação desta quinta, durante o Dia Nacional de Lutas, com críticas aos protestos realizados desde junho, convocados pelas redes sociais e por outros movimentos. "Aqui não tem mascarado. Lutamos contra a ditadura com o rosto limpo, mostrando a cara. Agora, vamos para a Avenida Paulista seguir esse movimento."

Miguel Torres, vice-presidente da Forca Sindical e presidente da União Sindical diz que atos no país inteiro foram um sucesso e mais do que o programado e que nenhuma autoridade ainda procurou os sindicalistas para negociar. Foi um grande sucesso no Brasil inteiro, bem maior do que esperávamos", afirmou.

Apoio às paralisações
A Central Sindical e Popular (CSP – Conlutas) informou que sindicatos dos metroviários, bancários, metalúrgicos, funcionários públicos federais, judiciários federais, Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), Correios e construção civil “decidiram a favor da paralisação”.

A postura também é compartilhada por integrantes do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo, que afirmou que enviou representantes para integrar os protestos, mas que não deverá interromper a sua operação para não afetar os passageiros do transporte público nesta quinta.

A CSP-Conlutas também informou que deverão estar no movimento representantes da Assembleia Nacional de Estudantes (Anel), do Movimento Passe Livre (MPL), do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), do Movimento Sem-Terra (MST) e da Luta Popular.