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Theatro Municipal do Rio comemora 104 anos com programação gratuita

Neste domingo (14), a expectativa da direção da Fundação Theatro Municipal é que, em função da data cair no fim de semana, a comemoração atraia um público ainda maior, lotando os mais de 2.200 lugares da sala de espetáculos.

Agência Brasil

Theatro Municipal do Rio comemora 104 anos com programação gratuita

Rio de Janeiro – Tradição no calendário cultural da cidade do Rio de Janeiro, o aniversário do Theatro Municipal é comemorado todos os anos com um dia inteiro de programação gratuita, que reflete toda a diversidade artística da casa, inaugurada em 14 de julho de 1909. Neste domingo (14), a expectativa da direção da Fundação Theatro Municipal é que, em função da data cair no fim de semana, a comemoração atraia um público ainda maior, lotando os mais de 2.200 lugares da sala de espetáculos.

A festa começou às 8h30, com uma apresentação da Banda dos Fuzileiros Navais, em frente ao teatro, localizado na Cinelândia, no centro do Rio. Na escadaria do foyer, o grupo Os Pequenos Mozart, formado por crianças de 3 a 14 anos, fez um concerto às 9h30, sob a direção artística de Suray Soren. No repertório, obras de compositores clássicos e populares, como Mozart, Vivaldi, Brahms, Pixinguinha e os Beatles.

Às 10h30, os alunos da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa, pertencente à Fundação Theatro Municipal, sobiram ao palco para apresentar duas coreografias: Estudos de Dança, assinada por Dalal Achcar, com músicas de Strauss e Lumbye, e La Bayardère, criada por Marius Petipa, com música de Minkus.

Na atração seguinte, também da área de dança, o Ballet do Theatro apresentou o terceiro ato de O Lago dos Cisnes, de Tchaikovsky, com coreografia de Yelena Pankova. No papel do Cisne Negro, a primeira bailarina Márcia Jaqueline contracenou com Filipe Moreira, intérprete do príncipe Siegfried.

À tarde, o Coro do Theatro Municipal subiu ao palco para apresentar a cantata Carmina Burana, de Carl Orff. Embora não seja uma música religiosa, a cantata é baseada em partituras escritas na Idade Média por monges germânicos. Os solistas são a soprano Priscila Duarte, o tenor Jacques Rocha e o barítono Leonardo Páscoa, e a regência é do maestro Jésus Figueiredo.

Na sequência do programa, o projeto Falando de Ópera traz às 17h15 uma palestra do maestro Silvio Viegas sobre a ópera A Valquíria, de Richard Wagner. Viegas vai contar ao público a história da ópera, uma das obras-primas do compositor alemão, e revelar detalhes sobre a montagem que será encenada a seguir, a partir das 18h.

A apresentação gratuita marcará a estreia de A Valquíria, que ainda terá outras três récitas, nos próximos dias dias 17, 19 e 21, todas pagas e com ingressos já esgotados. A soprano Eliane Coelho (Brünnhilde) e o baixo-barítono Lício Bruno (Wotan) encabeçam o elenco da montagem, dirigida por André Heller-Lopes. A direção musical e a regência da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal (OSTM) estarão a cargo do maestro Luiz Fernando Malheiro.

Desde o início do ano sob a responsabilidade artística do maestro Isaac Karabtchevsky, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro também já definiu a agenda para os cinco últimos meses deste ano. “A programação traz obras consagradas do repertório mundial mescladas com primeiras audições e títulos instigantes. É uma temporada que me parece à altura da tradição do nosso querido Theatro Municipal”, comentou Karabtchevsky.

A primeira atração, a partir de 22 de agosto, será a versão para ballet de Carmina Burana, com coreografia de Mauricio Wainrot para a música de Carl Orff. Em setembro, dentro da série Música & Imagem, a atração será o filme Nosferatu, uma sinfonia de horror, clássico do cinema mudo alemão, com direção de Friedrich Murnau. A exibição será acompanhada pelo coro e pela orquestra do teatro, sob a regência de Tobias Volkmann, executando a música de Michael Obst.

Os 100 anos de estreia do ballet A Sagração da Primavera, considerado uma das obras mais emblemáticas do século 20, serão lembrados com nove apresentações do ballet e da orquestra sinfônica do teatro, entre 19 de outubro e 3 de novembro. Composto em 1913 por Igor Stravinsky para os Ballets Russes, de Sergei Diaghilev, a obra foi coreografada por Vaslav Nijinsky e recriada por Millicent Hodson e Kenneth Archer.

Outro centenário, o do compositor inglês Benjamin Britten, será comemorado pelo Theatro Municipal com a primeira audição brasileira da ópera Billy Budd, entre os dias 17 e 25 de novembro. A ópera é uma adaptação de um conto homônimo de Herman Melville, do romancista E.M. Forster.

A programação de 2013 fecha com outra tradição do Municipal, o ballet O Quebra-Nozes, com coreografia de Dalal Achcar para a música de Tchaikovsky. Uma das obras mais populares do gênero, O Quebra-Nozes terá treze récitas, entre os dias 13 de dezembro e 5 de janeiro de 2014.

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