Categorias: Futebol

Empate sem gols tira Criciúma do Z-4 e mantém tabu diante do Goiás

Time esmeraldino se segura, goleiro Renan faz defesas importantes, mas vê permanecer a escrita de nunca vencer no Heriberto Hülse.

Globo.com

Criciúma e Goiás

O Criciúma bem que tentou. Forçou o goleiro do Goiás a fazer duas defesas importantes no segundo tempo. Mas não passou disso. Como os visitantes não chegaram a exigir muito do arqueiro do Tigre, o 0 a 0 foi o placar da partida da sétima rodada do Campeonato Brasileiro. Mesmo que os catarinenses tivessem procurado mais a vitória, não podem se queixar do resultado conquistado debaixo de forte chuva. Eles deixam o Z-4, subindo para a 17ª posição (sete pontos), e mantêm a escrita de nunca perder para a equipe esmeraldina no Heriberto Hülse.
Passados dois arremates para cada lado nos primeiros seis minutos, Criciúma e Goiás pouco produziram no primeiro tempo. A encaixada marcação goiana fez os donos da casa errarem passes. O time de verde buscou o gol em tentativas de Walter, sem muito perigo. A principal movimentação criciumense foi no banco de reservas. Dois jogadores foram substituídos por lesões musculares num intervalo de quatro minutos. Ficou tudo para o segundo tempo. O Tigre cresceu, mas a chuva que aumentou, esfriou os ânimos, e o placar desaguou sem gols.

Na próxima rodada do Brasileirão, o Criciúma enfrenta o Grêmio, novamente no Heriberto Hülse, às 18h30m (de Brasília) de domingo. Pela oitava rodada, o Goiás encara a Portuguesa, no Serra Dourada, às 18h30m de domingo. Antes, os dois times fazem seus jogos de volta da terceira fase da Copa do Brasil. O Tigre recebe o Salgueiro na capital do carvão às 19h30m de quarta-feira. O time esmeraldino vai ao Rio Grande do Norte para o embate diante do ABC, no Frasqueirão, às 21h50m também de quarta-feira.

Tranquilo, até demais

O primeiro apito de Wilson Luiz Seneme foi o estopim para uma jogada fulminante do time da casa. Nem havia transcorrido o primeiro minuto quando Sueliton partiu em velocidade pela direita e botou na frente para Cassiano cruzar rasteiro no segundo pau. Morais bateu mal e para fora. Aos seis, o Goiás revidou de forma semelhante. Hugo desceu pelo lado esquerdo para colocar Erik em condições. Mas ele pegou embaixo e desperdiçou. O perigo iminente fez o time de verde encaixar no susto. O Criciúma aceitou a marcação e errava passes.

Por volta dos 25 minutos, o Tigre melhorou seu jogo. Passou mais tempo com a bola e no campo de ataque. Mas produziu pouco. A mexida ficou por conta de substituições pelo lado amarelo, preto e branco. Vadão fez duas alterações em quatro minutos. O técnico Vadão mudou o time em função de lesões musculares de João Vitor e Morais para as entradas de Ivo e Leandro Brasília. A movimentação aumentou. Tanto que aos 41, Cassiano fez Renan praticar a sua única defesa da etapa. O atacante do Criciúma recebeu na frente da área, arrumou espaço e bateu. O goleiro esmeraldino deu o tapa na bola. Tranquilo, como o Goiás no primeiro tempo – defendendo e indo ao ataque sem afobação.

Com muita chuva

A chuva apareceu para tentar deixar o segundo tempo mais frio. Porém, Elton, volante do Criciúma, tratou de esquentar o jogo. Aos nove, ele surgiu na cara de Renan e deu um toque para tirar do goleiro. Conseguiu, mas foi fraco. Valmir Lucas chegou para mandar para longe. Sinal de um Tigre mais ofensivo depois do intervalo. Percebendo que os donos da casa cresceram, Enderson Moreira colocou sangue novo no time: Araújo e Dudu Cearense.

Gradativamente, o Criciúma ganhava terreno e trazia o torcedor para o campo. Quando os quase 9.473 cantavam no estádio, aos 25, arrancou suspiros. No escanteio, Ivo carimbou o travessão num quase gol olímpico. No rebote, Ivo botou na área e Serginho cabeceou para Renan fazer sua segunda defesa importante na partida. A terceira ele faria pouco depois. Serginho, novamente, no peixinho deu trabalho ao goleiro. A chuva na capital do carvão aumentou, o volume de jogo goiano subiu.

Mas foi pouco. Depois dos instantes em que ficou acuado, os visitantes resolveram sair de trás. Não passou de desafogo. O Criciúma deu a última cartada aos 36, quando o grandalhão Marcel entrou no ataque ao lado de Wellington Paulista. Mas então a chuva apertou. O jogo esfriou em um placar congelado no 0 a 0. Após o último apito, a torcida da casa vaiou o Tigre.