Cadastro Único chega até aldeias de oito municípios em mutirão

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Comunidades indígenas de oito municípios alagoanos foram integradas ao Cadastro Único do Governo Federal durante esta quarta-feira (17), em ação realizada pela Secretaria de Estado da Assistência e do Desenvolvimento Social (Seades), para que passem a ter acesso a programas sociais, conquistando benefícios para melhoria na qualidade de vida.

Durante todo dia, equipes com entrevistadores do CadÚnico e assistentes sociais acompanharam a movimentação e cadastramento dos índios, contemplando a estimativa de 1.861 famílias projetada pelo Governo Estadual, que por meio do Fórum Alagoano de Busca Ativa identificou a carência desses alagoanos no que se refere à assistência, segurança e garantia de direitos fundamentais ao exercício da cidadania. Deste modo, proporcionando também alívio com benefícios oriundos de programas sociais como Bolsa Família e Pronatec, e descontos no pagamento de faturas de energia.

O Dia Estadual de cadastramento das famílias indígenas mobilizou simultaneamente as secretarias municipais de Feira Grande, Inhapí, Joaquim Gomes, Palmeira dos Índios, Pariconha, Porto Real do Colégio, São Sebastião e Traipu, municípios selecionados pela Fundação Nacional do Índio (Funai) pela quantidade considerável de aldeias.

Em Joaquim Gomes, o Cadastramento Indígena foi realizado na Escola Estadual Indígena José Máximo de Oliveira, e contou com o apoio da Secretarias Municipais de Assistência Social e da Saúde. Além da realização do Cadastro Único, foram promovidas também oficinas de higiene pessoal, atividades com as crianças do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) e a distribuição de kits de saúde bucal. Cerca de 500 famílias indígenas vivem na comunidade. Dessas, pouco mais de 100 ainda não possuíam o CadÚnico.

As comunidades indígenas aguardavam a oportunidade de realizar o cadastro. “Foi muito gratificante. Há muitos anos a gente esperava isso. Tenho certeza que a partir de hoje nossa situação vai melhorar”, ressaltou o Cacique Heleno Manuel da Silva, da tribo Xucuru Cariri, localizada no município de Palmeira dos Índios. Ele completou ainda pontuando que “o que faz bem para o índio, o índio abraça”.

A realização do “Dia D” foi ideia levantada pela Superintendência de Fortalecimento do Sistema Descentralizado, vinculada à Seades, em andamento às propostas do Programa do Governo Alagoas Tem Pressa.

Segundo a Secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Celiany Rocha, levar o Cadastro Único até as aldeias é facilitador em todo processo, pois evita que pessoas de outras etnias se inscrevam. “Para nós, não é apenas a realização de um cadastro, mas sim a inserção de toda a comunidade indígena alagoana nos programas sociais e benefícios ofertados pelo Governo Federal. Dentro das aldeias, limitamos o cadastro a quem realmente é índio, cujos benefícios são mais extensos”, disse.

O mutirão movimentou também outras secretarias, a exemplo da Secretaria de Trabalho, Emprego e Qualificação (Seteq) e da Secretaria de Estado da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos (SEMCDH), onde seus respectivos gestores, Alberto Sexta-feira e Kátia Born, também se fizeram presentes. Eletrobras, Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), Comissão Indígena Missionária (Cimi) e Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) também são parceiros desse projeto.

Fonte: Agência Alagoas

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