O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos e a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, assinaram nesta quinta-feira (18) acordos na área de segurança, migração, intercâmbio comercial e desenvolvimento produtivo.
Bogotá – O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos e a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, assinaram nesta quinta-feira (18) acordos na área de segurança, migração, intercâmbio comercial e desenvolvimento produtivo. Os mais significativos para os dois presidentes foram o tratado de extradição e o de combate ao tráfico de pessoas. Kirchner visitou a Colômbia e participou de uma reunião bilateral com o colega colombiano na Casa de Nariño, palácio presidencial em Bogotá.
“Conseguimos um acordo de extradição importante, que será útil para a luta contra o tráfico de pessoas e o narcotráfico. Como não tínhamos este acordo assinado, enfrentávamos inconvenientes jurídicos e legais para tratar desses temas”, declarou Kirchner, ao encerrar o encontro.
Ela também adiantou que os dois países vão criar um sistema de dados que permitirá conhecer informações sobre as pessoas que visitam os dois países. Segundo a presidenta argentina, a plataforma online deve começar a funcionar em 30 dias. “Estamos aqui para concretizar estes instrumentos e ter de maneira simultânea, concreta e precisa, informações para tornar mais eficiente nossa luta contra o narcotráfico”, disse.
Também foram assinados acordos de cooperação na gestão de riscos naturais e igualdade de gênero. O presidente colombiano agradeceu a visita de Cristina e ressaltou que o encontro é o primeiro em 12 anos. Santos disse que o tratado de extradição vai colaborar cada vez mais na luta contra o crime organizado. “Eu agradeço de maneira muito sincera à presidenta Cristina, porque ela, pessoalmente, atendeu ao pedido que fiz há alguns meses e agiu diretamente para que pudéssemos capturar alguns traficantes”, declarou Santos.
Ele também destacou o apoio da presidenta como "mediadora" entre a Colômbia e a Venezuela nos últimos meses, depois que uma visita do governador venezuelano, Henrique Caprilles, provocou fortes reações do governo venezuelano. Santos e o presidente Nicolás Maduro vão se reunir na próxima semana. É a primeira reunião desde a posse de Maduro, em abril.
O presidente colombiano disse ainda que espera que o espírito de Nestor Kirchner esteja presente no encontro para ajudar a "aclarar as más interpretações" que ocorreram nos últimos meses após a visita de Capriles e denúncias de planos de paramilitares colombianos contra o governo Maduro.
"Porque Néstor Kirchner foi testemunha quando eu e Hugo Chávez restabelecemos nossas relações, relações que daquele dia em diante, até o dia de sua morte, foram conduzidas com grande prudência e grande efetividade", declarou Santos. Néstor Kirchner foi mediador da retomada de relações entre a Colômbia e a Venezuela, em 2010.