A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
A aprovação do governo da presidente Dilma Rousseff caiu 24 pontos percentuais e atingiu 31%, aponta pesquisa Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNJ) divulgada nesta quinta-feira (25). A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
O Ibope ouviu 2.002 eleitores com mais de 16 anos em 434 municípios em 26 unidades da federação, com exceção do Amapá, entre os últimos dias 9 e 12 deste mês. O índice de eleitores que consideraram o governo "bom ou ótimo" foi de 31%, contra 37% que consideraram o governo como "regular" e 31% que avaliaram como "ruim ou péssimo".
No levantamento anterior, divulgado em 19 de junho, o percentual de eleitores que aprovaram a gestão foi de 55%. Na ocasião, a avaliação positiva caiu oito pontos após atingir o recorde de 63%.
A avaliação pessoal de Dilma passou de 71% na pesquisa de junho para 45% no levantamento atual. O índice de quem desaprova foi de 25% para 49% no levantamento atual.
O percentual de entrevistados que diz “confiar” na presidente também caiu – passou de 67% em junho para 45% em julho. O percentual que não confia na presidente subiu de 28% para 50%.
O levantamento foi realizado após as manifestações de rua em todo o país que pediram melhores condições de vida e o fim da corrupção no mês de junho. Na pesquisa anterior, feita entre os dias 8 e 11 de junho, os protestos já tinham começado, mas eles se espalharam para todo o país na segundo quinzena do mês.
Lula x Dilma
A queda de popularidade também se reflete na comparação entre o governo Dilma e o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pela primeira vez desde o início da atual gestão, o percentual que considera que o governo Dilma está sendo pior que o governo Lula é o mais alto dentre as opções apresentadas- 46% contra 25% na pesquisa de junho.
O percentual que considera os dois governos iguais caiu de 57% em junho para 42% em julho, enquanto 10% avaliam a atual gestão como melhor que a anterior.
Área de atuação
De acordo com o levantamento, a área com pior desempenho na visão da população é a saúde. Essa opção foi assinalada por 71% dos entrevistados como o setor com pior desempenho.
A área da segurança pública foi citada por 40% da população, seguida pela educação (37), o combate às drogas (24%), o combate à corrupção (21%), os salários (15%), os impostos (14%), o custo de vida (12%), a geração de empregos (10%), o transporte (9%), a fome (6%) e a habitação (5%).
Conforme a pesquisa, para a população, as áreas em que o governo tem apresentado melhor desempenho são: habitação (citada por 28% dos entrevistados), combate à fome (23%), capacitação profissional (22%), energia elétrica (21%), cultura e lazer (21%), geração de empregos (18) e agricultura (16%).
Avaliação do governo Dilma por estado
O estado onde o governo Dilma é melhor avaliado é o Ceará, onde 54% avaliam como "ótimo ou bom". A pior avaliação ocorreu no Rio de Janeiro, onde 19% consideram o governo da presidente como positivo.
Veja abaixo o percentual de "ótimo ou bom" por estado:
Rio de Janeiro – 19%
Espírito Santo – 21%
Santa Catarina – 21%
São Paulo – 23%
Goiás – 26%
Paraná – 29%
Rio Grande do Sul – 29%
Minas Gerais – 33%
Bahia – 41%
Pernambuco – 41%
Ceará – 54%
Aprovação pessoal de Dilma por estado
A maneira de governar da presidente Dilma Rousseff tem maior percentual de aprovação também no Ceará, com 70% de aprovação. O pior resultado é registrado em São Paulo, com 33% de aprovação.
Veja abaixo o percentual de aprovação pessoal por estado:
São Paulo – 33%
Espírito Santo – 34%
Santa Catarina – 35%
Rio de Janeiro – 38%
Goiás – 39%
Paraná – 39%
Minas Gerais – 45%
Rio Grande do Sul – 46%
Bahia – 54%
Pernambuco – 58%
Ceará – 70%
Confiança em Dilma por estado
A confiança no trabalho da presidente também teve melhor desempenho no Ceará e pior desempenho em São Paulo.
Veja abaixo o percentual dos que confiam em Dilma por estado:
São Paulo – 33%
Santa Catarina – 34%
Paraná – 35%
Espírito Santo – 37%
Goiás – 37%
Rio de Janeiro – 38%
Minas Gerais – 43%
Rio Grande do Sul – 51%
Bahia – 52%
Pernambuco – 57%
Ceará – 89%