Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, desenvolveram uma tecnologia tridimensional de colonoscopia que pode facilitar a detecção precoce de lesões pré-cancerosas no cólon. Sabe-se que, quanto mais cedo essas lesões são diagnosticadas, menor é a taxa de mortalidade por câncer colorretal — doença que causa mais de 13.000 mortes por ano no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). A nova tecnologia ainda precisa ser testada em pacientes, mas ainda não há uma data para que a fase clínica da pesquisa comece a ser feita.
O câncer colorretal abrange tumores que atingem um segmento do intestino grosso, o cólon, e o reto. Diagnosticar precocemente a doença é essencial para reduzir o risco de metástase e aumentar as chances de sobrevivência e cura do paciente.
Hoje, a colonoscopia é a principal forma e detecção da doença. Segundo Nihcolas Durr, um dos autores do estudo do MIT, a colonoscopia tradicional já é capaz de detectar com facilidade lesões no cólon e no reto que podem provocar câncer. No entanto, a nova tecnologia, chamada colonoscopia estéreo fotométrica, captura imagens tridimensionais a partir da superfície do cólon e consegue encontrar lesões mais sutis que, mesmo menores, também podem evoluir para um tumor. A tecnologia foi descrita em um artigo publicado no periódico Journal of Biomedical Optics.
“O interessante sobre essa tecnologia para a colonoscopia é que ela fornece uma informação adicional para o diagnóstico, particularmente sobre a morfologia tridimensional da superfície do cólon”, diz Nimmi Ramanujam, professora da Universidade Duke, Estados Unidos.