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Em busca de foco da dengue, BPA encontra morteiro em ferro-velho

Militares isolaram a área para avaliar artefato.

Alagoas24horas

Morteiro pode alcançar até 700 metros, segundo especialistas

Militares do Batalhão Ambiental, que davam apoio às ações da Frente Preventiva Integrada (FPI) Dengue, foram acionados pelo dono de um ferro-velho localizado nas imediações da Praça Bonfim, no Poço. Segundo informações do capitão Orsi, o proprietário queria saber a origem do equipamento vendido ao ferro-velho.

No local, foram encontrado também um criatório de muriçoca e bastante lixo que pode contaminar o lençol freático. “São diversas irregularidades do proprietário aqui. Até os trabalhadores não possuem o equipamento adequado para lidar com o lixo. Agora você vê, encontramos um pântano e foco de dengue, tudo isso próximo a duas escolas municipais. Isso mostra o quanto precisamos cuidar da nossa cidade”, diz Celso Tavares, coordenador geral de Vigilância em Saúde de Maceió.

O proprietário foi autuado por diversas infrações ambientais. Agentes da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) também foram acionados para investigar uma denúncia dos militares de roubo de água.

A maior surpresa da empresa se deu com a descoberta de um equipamento militar, um morteiro de 60 mm, encontrado em meio a sucatas. “O material foi recolhido e será analisado para, posteriormente, ser levado para um local de destruição. O dano que ela pode causar depende do estado que ela se encontra, e isso varia de 1km a 500 metros, dependendo do armamento”, analisa o major Pedro Jorge Moura do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).

Ainda de acordo com o militar, o proprietário teria dito que encontrou o artefato em meio à sucata há pelo menos 5 meses. O material foi encontrado “guardado” na estante de uma sala.

A surpresa dos militares se deu ao descobrir que o ‘equipamento’ era na verdade um morteiro ligeiro de 60 mm, que foi encontrado em meio a outras sucatas. O morteiro é uma arma de fogo ornamental de carregar pela boca, destinada a lançar granadas em tiro curvo de curto alcance e foi muito utilizada durante a I Guerra Mundial.

A área foi isolada. O promotor Alberto Fonseca, titular da 4ª Promotira de Justiça da Capital, que trata do cumprimento da legislação ambiental, também estava presente no flagrante.