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Familiares questionam apreensão de menor acusado de assalto

Parentes de um jovem de 16 anos foram até a sede da Central de Flagrantes, no Farol, pedir a soltura do adolescente.

Alagoas24horas

Familiares e amigos exigem libertação de menor apreendido

Amigos e familiares de um adolescente de 16 anos realizaram um protesto em frente à sede da Central de Flagrantes, no bairro do Farol, na manhã desta quarta-feira (4). Eles exigiam a soltura do jovem, que é suspeito de ter cometido um crime na região do Jacintinho.

De acordo com o delegado Claudemicson Lourenço, a vítima teria reconhecido o menor e um rapaz identificado como Abdon Felipe dos Santos, de 18 anos, como os assaltantes que roubaram uma bicicleta, um boné e um chinelo.

O problema, segundo os familiares, é que o menor apreendido estava em sala de aula no momento do crime. O adolescente estuda no Colégio Mota Trigueiros, no Conjunto Santo Eduardo, e lá há um registro digital de todos os alunos que comparecem à aula. “Isso é um absurdo, o crime foi de manhã e o menino estava em aula. Todo mundo conhece ele na rua e sabe que ele não é de fazer isso”, disse Quitéria da Silva, uma das vizinhas do adolescente.

Quitéria denunciou também a ação truculenta que teria sido cometida por militares da Radiopatrulha, viatura de placa VI-1068. “Eles chegaram batendo nos meninos, chamando eles de bandidos, ainda durante a revista. Meu filho foi intervir e acabou sendo ameaçado pelos policiais”, diz. Quitéria mora no bairro há pelo menos 50 anos e reclama da ação arbitrária da polícia na região. “Isso acontece quase todo dia por lá e não pode ser assim”, complementa.

Uma declaração comprovando a presença do aluno na escola foi encaminhada pelos parentes para o Juizado da Infância e Juventude. O documento possui o registro da digital de uma das mãos do adolescente utilizada no controle de quem assiste aula nas escolas da rede pública.

De acordo com a Polícia Militar, nenhuma denúncia na Corregedoria de truculência foi formalizada.