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Falha na rede provoca superlotação da Maternidade Santa Mônica

Além dos cem leitos oferecidos a população, outras dezenas estão sendo improvisados no chão e nos corredores do estabelecimento.

Alagoas24horas

Gestantes de risco são atendidas nos corredores da Santa Mônica

Todo início de noite de sexta-feira é considerado preocupante para os profissionais que trabalham na Maternidade Escola Santa Mônica. Isso porque, uma suposta falha na rede de maternidades provoca constantes superlotação na unidade hospitalar, ocasionando o atendimento das gestantes no chão e corredores.

A situação se repetiu novamente neste final de semana e, de acordo com a diretora médica da unidade, Daniela Bulhões, isso se dá pela ‘blindagem’ de algumas maternidades. Segundo ela, isso inclui o fechamento da rede e “o ganho por produtividade”.

“São realizadas várias cesarianas, os bebês nascem prematuros, sendo considerado um ciclo vicioso onde se ganha por produtividade sem preocupação com a vida das gestantes e dos recém-nascidos”, destacou.

Ainda segundo ela, a partir das sextas as unidades de saúde fecham as portas restando apenas o Hospital Universitário e a Santa Mônica. “Mas, o HU que também atende as gestantes de alto risco não colabora conosco, porque quando os leitos deles estão completos eles simplesmente não aceitam mais, afogando o atendimento aqui”, desabafou.

De acordo com Bulhões, além dos cem leitos oferecidos a população, outras dezenas estão sendo improvisados no chão e nos corredores do estabelecimento.

Bulhões tem esperança que o sistema um dia possa se adequar, mas acredita que há omissão dos gestores na fiscalização das unidades de saúde. “É uma série de fatores, mas tenho esperança que isso possa mudar, enquanto isso, a rede não funciona. O que nos leva a crer que há omissão”, concluiu.