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Pronatec Campo capacita agricultores assistidos pela EMATER/AL

O Pronatec Campo está capacitando cerca de cinquenta jovens e mulheres que vivem da agricultura familiar em Alagoas.

Ascom/Emater

Pronatec Campo

Profissionalizar o beneficiamento dos alimentos produzidos pelos agricultores familiares, agregando valor aos produtos e incrementando a renda das famílias. É esse o objetivo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Demandado pelo Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas (EMATER/AL), o Pronatec Campo está capacitando cerca de cinquenta jovens e mulheres que vivem da agricultura familiar em Alagoas. Esta semana se encerram as duas turmas do curso profissionalizante de industrialização de doces.

Coordenador em Alagoas pela delegacia do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) o programa leva desenvolvimento para o campo, através do conhecimento. Para a agricultora Raimunda Brito Gama, 59 anos, nunca é tarde para aprender. “Vivemos na terra das frutas, temos uma oferta muito grande de frutas e muitas vezes não aproveitamos. O curso de industrialização de doces nos ensina também a aproveitar melhor os alimentos e ousar nos sabores”, destacou a agricultora familiar.

Sócia fundadora da Cooperativa Mista de Produção e Comercialização (Coopacam), instalada em Palmeira dos Índios, Dona Raimunda, como é conhecida, falou da satisfação de poder trabalhar enxergando um futuro melhor. “Com apoio de diversas entidades, estamos conseguindo estruturar nossa cooperativa e o inicio de tudo é o conhecimento. Com o curso de doces, aprimoramos nossa atividade e nos preparamos para o mercado. Estamos batalhando por uma consultoria para fazermos nosso código de barras e a marca, e com apoio da EMATER/AL vamos conseguir”, afirmou a agricultora.

O curso, coordenado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), tem 200 horas/aula e aborda desde o processo de beneficiamento dos alimentos, esterilização, prevenção de acidentes, até o empreendedorismo, como comercializar, a quem comercializar. A instrutora Edna Rodrigues, que é especialista em Educação para Convivência com o Semiárido, informou que na prática o curso vai além das boas práticas para manipulação dos alimentos.

“Trabalhamos a qualidade nutricional dos alimentos, aproveitamento, meio ambiente e economia. Cada turma tem uma característica, em Arapiraca, observamos que a oferta de manga é abundante, então buscamos alternativas para evitar o desperdiço da fruta. Com a turma de Palmeira dos Índios, já descobrimos juntos uma receita para o aproveitamento do limão galego e do soro do leite, ou seja, isso mostra que cada município ou região tem se potencial”, declarou Edna Rodrigues.

A diretora de tecnologia da aprendizagem da EMATER/AL, Graça Seixas, revelou que os grupos produtivos capacitados este ano foram identificados pelos extensionistas rurais da EMATER/AL. São agricultoras de diversas comunidades do município de Arapiraca, como Taboquinha, Baixa da Onça, Lagoa do Mato e Balsamo. E dos municípios de Feira Grande – da comunidade indígena Tingui Botó, Girau do Ponciano, Lagoa da Canoa e Palmeira dos Índios.

“Estamos finalizando o planejamento para 2014 e a demanda para capacitação é ainda maior. O objetivo é promover a inclusão social de jovens e trabalhadores do campo por meio da ampliação da oferta de cursos. Para EMATER/AL agregar valor à produção significa melhorar o desempenho das famílias que vivem no meio rural, qualidade de vida aos agricultores familiares”, reforçou Graça Seixas.