Categorias: Política

Servidores da ALE protestam contra procurador e pedem devolução de computadores

Servidores realizaram assembleia, na manhã desta terça-feira (05), e votam pela saída do procurador-geral da Casa de Tavares Bastos, Fábio Férrario. Sindicalistas não descartam possibilidade de greve.

Alagoas24horas

Servidores da ALE protestam contra o que eles classificam como perseguição

Os servidores do Poder Legislativo de Alagoas se reuniram na manhã desta terça-feira (5), na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), para reivindicar a exoneração do procurador-geral da Casa de Tavares Bastos, o advogado Fábio Ferrario.

O protesto realizado dentro da sede do Poder Legislativo contou com a presença de quase 100 servidores, entre membros do sindicato e associações para debater a saída do procurador-geral Fábio Ferrario, acusado de “perseguição” por adotar medidas que prejudicariam os funcionários.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Legislativo, Luciano Vieira, os servidores devem encaminhar uma série de exigências para negociar com a nova Mesa Diretora a ser composta ainda pelos deputados. “O que estamos fazendo aqui é pedir o afastamento do procurador-geral da Casa porque ele não está trabalhando conforme as leis e resoluções da insitituição”, questiona.

Ainda segundo Luciano, nenhuma greve vai ser decretada nesse primeiro momento, mas a possibilidade não foi descartada. “Estamos aqui também para discutir a confecção da folha de pagamento dos servidores que já foram muito prejudicados. Vamos encaminhar um pedido ao Ministério Público Estadual (MPE) para que tenhamos um prazo quanto ao retorno dos computadores”, diz. Os equipamentos confiscados pelo MPE seriam essenciais para realizar o pagamento dos salários.

Procurador é acusado de ser ditador
Na Casa de Tavares Bastos um dos servidores não poupou críticas às ações do procurador-geral. “Ao invés de estudar as leis e as resoluções, o procurador, com o intuito de desmoralizar as leis já aprovadas pela própria casa, realiza uma perseguição aos funcionários, atropelando hierarquias e se portando como um ditador”, conta exaltado Edivaldo Leão, que disse ser servidor público há 42 anos.

O que Edivaldo se refere é sobre o questionamento do procurador quanto à legalidade dos atos administrativos baseados em Resoluções da Mesa Diretora entre os anos de 1995 e 1998 e que promoveram funcionários a cargos de nível superior.

Além disso, ao advogado implantou ponto eletrônico na Casa de Tavares Bastos em resposta à polêmica de que servidores só trabalhavam uma hora dentro da instituição ou não apareciam. A norma obrigou o recadastramento e a identificação dos funcionários sob a pena de destituição dos cargos.

Em entrevista ao Alagoas 24 Horas , Ferrário disse que não entende o motivo dos protestos. “Na realidade eles não gostaram do que aconteceu. O Fantástico denunciou a existência dos depósitos abusivos e da folha de pagamento, assim como outros veículos de comunicação, então se isso foi perseguição, está mais parecendo com uma subversão”, alega. E continua: “Vamos continuar agindo e trabalhando sem medo de protestos”.