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Agricultores seguem em marcha até Maceió; Eles montam acampamento na UFAL

A Marcha Unitária pela Terra já percorreu cerca de 50 km e tem a adesão de duas mil pessoas ligada a movimentos sociais campesinos.

Ésio Melo/CPT

Trabalhadores rurais marcham até Maceió

Nem mesmo a chuva tem sido empecilho para que cerca de dois mil trabalhadores rurais marchassem rumo a Maceió para protestar contra a concentração da terra e a morosidade da Reforma Agrária. Eles saíram do acampamento Sede, localizado no município de Murici, nas primeiras horas da manhã de ontem. Já no início da tarde desta terça-feira, 5, eles chegaram à capital e montaram acampamento no Centro de Ciência Agrária (Ceca), em Rio Largo.

A Marcha Unitária pela Terra já percorreu cerca de 50 km e tem a adesão de duas mil pessoas ligada a movimentos sociais campesinos. De acordo com Josival Oliveira, da organização da marcha, os trabalhadores chegarão a Maceió por volta das 16h e pernoitaram na Universidade Federal de Alagoas (UFAL).

Na noite de ontem, eles pernoitaram nas dependências da Prefeitura do município de Messias. Eles têm como destino o Centro de Maceió onde pretendem realizar um ato contra os governos estaduais e federais. Aderem a Marcha Unitária pela Terra quatro movimentos sociais. São eles: Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento Terra Trabalho e Liberdade (MTL) e Comissão Pastoral da Terra (CPT).

Para o dirigente nacional do MST, em Alagoas, José Roberto, a presidenta Dilma parou a Reforma Agrária e que ainda usa o aparelho do Estado – a polícia – para expulsar as famílias há muitos anos nas terras.

Oliveira destacou ainda que em decorrência da morosidade dos governos a violência é uma constante nos acampamentos e assentamentos da Reforma Agrária. “Já não aguentamos mais tanta violência. Já não bastasse a violência institucional e agora temos que enfrentar o crime matando os nossos agricultores”, disparou Josival Oliveira.