Após nove rodadas de "jejum", o Fluminense, enfim, voltou a vencer.
Flu vence o Timbu e deixa o Z4
Após nove rodadas de "jejum", o Fluminense, enfim, voltou a vencer. Na estreia do técnico Dorival Júnior, o Tricolor superou o já rebaixado Náutico por 2 a 0, no Maracanã, e aproveitou as derrotas de Vasco e Bahia para deixar a zona de descenso do Campeonato Brasileiro. Wagner, em um belo chute de fora da área no primeiro tempo, e Samuel, na etapa final, marcaram os gols da noite.
Agora, o Tricolor é o 16º colocado, com os mesmos 39 pontos do 15º Criciúma, que venceu o Atlético-PR na quarta-feira, e do 18º Bahia, derrotado pelo Santos nesta quinta. No próximo domingo, o Fluminense volta a jogar no Maracanã. O adversário é o São Paulo, às 17h (de Brasília).
O Náutico, por sua vez, segue sua via-crúcis no campeonato. Já sem chances matemáticas de sequer deixar a lanterna, o clube pernambucano luta apenas para não se igualar ao América-RN de 2007 como o pior time da história do Brasileiro de pontos corridos. Para isso, o clube precisa marcar pelo menos um ponto nas quatro últimas rodadas. O próximo adversário é o Bahia, às 19h30 de domingo, na Arena Pernambuco.
O jogo
Seguindo a conduta de todos os demais times nesta 34ª rodada, os jogadores de Fluminense e Náutico começaram a partida trocando "chutões" de um lado para outro, durante cerca de 30 segundos, como parte do protesto por melhoras no futebol brasileiro do Bom Senso F.C.
Quando o jogo, de fato, começou, o que se viu foi um Tricolor trocando passes no campo de defesa, tentando encontrar boas jogadas ofensivas com o armador Wagner e com Rhayner e Marcos Júnior, bem aberto pelos lados.
Sem grande criatividade, o time carioca se aproximou do gol em lances de bola parada. Aos 6 minutos, Wagner descolou bom lançamento para Rafael Sóbis, que foi ao chão. Os tricolores pediram pênalti, mas o árbitro capixaba Marcos André Gomes da Penha marcou falta na risca da grande área. O mesmo Sóbis cobrou por baixo da barreira, mas Ricardo Berna, ligado defendeu em dois tempos.
O tempo foi passando, e parte da torcida começou a se irritar com alguns erros na saída de bola. Leandro Euzébio, que centralizava a saída de bola no campo de defesa, era o principal alvo.
Mas, justo quando as coisas não iam tão bem, veio a abertura do placar para acabar com o nervosismo. Marcos Júnior carregou pelo lado esquerdo e viu Wagner livre na entrada da grande área. O camisa 19 dominou com calma e acertou o ângulo de Ricardo Berna, em um belo gol.
O lance fez bem ao Fluminense, que se acalmou e passou a controlar as ações. Mas não houve muito espaço para emoções no Maracanã. Somente aos 28 minutos Marcos Júnior conseguiu boa escapada pela esquerda e cruzou para Sóbis, que ajeitou para chute firme de Wagner. Ricardo Berna pegou firme.
O Náutico, inofensivo até então, chegou ainda no primeiro tempo graças a uma linda inversão de bola de Elicarlos para Derley. O camisa 8 foi à linha de fundo e acionou Rogério, atrás, Mas o chute veio no meio do gol e facilitou o trabalho de Diego Cavalieri.
Veio o segundo tempo, após pouco usuais três minutos de acréscimos graças às muitas paralisações para atendimentos a Rhayner e Marcos Júnior. O último, a propósito, não voltou a campo, substituído pelo centroavante Samuel.
Atrás no placar, quem assustou primeiro foi o Náutico, que conseguiu boa escapada pela esquerda. A torcida do Fluminense, irritada, ameaçou novas vaias ao "judas" Leandro Euzébio.
Mas, tal qual no primeiro tempo, não houve muito tempo para nervosismo. Logo aos 5 minutos, Rafael Sóbis recebeu bela bola de Samuel e chutou para defesa parcial de Ricardo Berna. O mesmo Samuel só teve o trabalho de empurrar a bola para o fundo das redes no rebote: 2 a 0.
Era a senha para o jogo voltar ao "banho-maria", com um time satisfeito com o resultado e o outro sem motivação ou mesmo capacidade técnica para reagir. Rhayner, de cabeça, e Jean, em chute forte de fora da área, ainda chegaram perto de ampliar a vantagem, e Alison, do Náutico, foi expulso por falta violentíssima em Rafinha.
Mas ficou nisso: 2 a 0 para o Fluminense, que respira aliviado e ganha gás na luta contra o rebaixamento, na estreia do técnico Dorival Júnior.