Moradores protestavam desde o fim da madrugada contra a decisão. Local abrigava aproximadamente 750 pessoas.
Barracos de madeira de um de um terreno invadido ao lado da Marginal Tietê, na região do Bom Retiro, na Capital, foram incendiados na tarde deste sábado (16) em que a Polícia Militar realiza reintegração de posse. O fogo foi extinto por volta das 17h20 e o Corpo de Bombeiros iniciou o trabalho de rescaldo. Até o momento não havia informações sobre vítimas. Cerca de 40 homens trabalharam na operação.
conhecida a comunidade, protestavam desde o fim da madrugada contra a decisão.
Por causa do incêndio, às 16h15 as pistas local e central da Marginal Tietê, sentido Ayrton Senna foram interditadas perto da Avenida do Estado. Também foram interditadas a Avenida do Estado, sentido Santana, junto à Avenida Tiradentes, e a Ponte Governador Orestes Quércia, que passa sobre os barracos.
Às 17h30, a pistal local da Marginal Tietê tinha 1,3 km de lentidão no sentido Ayrton Senna, a partir da proximidade do incêndio. A pista central tinha 700 metros de lentidão e a pista expressa, 400 metros. A Avenida dos Estados tinha 850 metros de lentidão no sentido Ipiranga.
A invasão do terreno ocorreu no início de julho. Atualmente, aproximadamente 750 pessoas moravam no local, em barracos construídos com madeira e lona.
A área pertence à Prefeitura de São Paulo, que pediu a reintegração. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a Justiça requisitou que a Polícia Militar auxilie a desocupação.
Para auxiliar o cumprimento da decisão judicial, foram destacados 150 PMs e 20 veículos da corporação. Por volta das 7h30, policiais negociavam com os líderes a desocupação da área. Alguns moradores chegaram a bloquear a pista central da Marginal Tietê, no sentido Rodovia Ayrton Senna, causando 1,3 km de filas.
Acordo entre a Prefeitura e líderes comunitários suspendeu por duas vezes a desocupação, prevista inicialmente para agosto. A suspensão, porém, foi revogada pela Justiça no último dia 30 de outubro, quando foi expedido um novo mandado.
O local abrigava parte do Clube de Regatas Tietê, que foi desativado no ano passado após a Prefeitura, dona do terreno, requisitar a devolução da área.