Ao todo, 17.747 unidades habitacionais estão sendo erguidas em 19 municípios e até o carnaval mais 1.300 residências devem ser entregues.
Nonô se reunião com prefeitos e construtores para cobrar entregas das casas do Programa da Reconstrução
O “Programa da Reconstrução" deve entregar até dezembro deste ano pelo menos seis mil residências a famílias atingidas pelas enchentes nos rios Paraíba e Mundaú. A notícia foi dada, na tarde desta segunda-feira, 18, pelo vice-governador de Alagoas e coordenador do programa, José Thomaz Nonô durante uma reunião com representantes de Prefeituras, Caixa Econômica e construtoras.
Ao todo, 17.747 unidades habitacionais estão sendo erguidas em 19 municípios e até o carnaval 7.300 residências devem ser entregues. Destas, seis mil até o fim do ano e outras 1.300 em março de 2014. Contudo, apesar das obras seguirem em ritmo acelerado, a construção dos conjuntos residenciais esbarra em alguns problemas.
"Convidamos os representantes pela Seinfra, Caixa Econômica, Polícia Militar, prefeituras e construtoras para que sejam delegadas as responsabilidades. Existem vários problemas que impedem a conclusão das obras e a entrega das casas. A principal dificuldade está na invasão das moradias. Das 14.127 residências prontas, 10.928 foram entregues e mais de três mil foram invadidas. Queremos resolver este problema", informou o vice-governador.
Ainda conforme dados do vice-governador Thomaz Nonô, outras 3.620 unidades habitacionais estão sendo construídas. Destas, 2.712 já foram ocupadas irregularmente. "Estamos aguardando dois meses pela reintegração de posse em alguns locais que até o momento não aconteceu. Por isso, convocamos o Centro de Gerenciamento de Crises para conversar sobre o assunto", completou.
Além das invasões, outro problema pontuado foi à falta de cadastro das famílias por parte das prefeituras dos municípios. "Hoje, as prefeituras não entregam os cadastros das famílias que serão beneficiadas. Existe prefeitura que não entregou nenhum cadastro e não podemos trabalhar no vazio, pois estamos lidando com dinheiro do Governo Federal e tudo tem que ser justificado. Além disso, alguns residenciais apresentam problemas estruturais e isso atrapalha a entrega das casas. Queremos mesmo que sejam delegadas funções para que a Caixa Econômica não venha ser responsabilizada por todos os problemas", disse o superintendente da Caixa Econômica, Hebert Buenos Aires.
Programa da Reconstrução
As casas do “Programa da Reconstrução” são financiadas pela Caixa Econômica Federal através do programa “Minha Casa, Minha Vida”, num total de R$727 milhões em recursos para a construção dos conjuntos habitacionais. As casas possuem 41m² de área, contando com dois quartos, sala, cozinha, banheiro, varanda, área de serviço, com forro PVC.
Além de toda a infraestrutura, com esgoto, água, energia elétrica, calçamento e acesso. Além disso, 3% das casas são adaptadas para deficientes físicos e há espaços destinados para equipamentos públicos, como áreas verdes, playgrounds, escola e posto de saúde, além de completa infraestrutura externa.