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Projeto de recuperação de nascentes recebe apoio das comunidades sertanejos

Projeto de recuperação de nascentes recebe apoio das comunidades sertanejos

Assessoria

Projeto de recuperação de nascentes recebe apoio das comunidades sertanejos

Lançado na manhã do último sábado (23), o Projeto Renas-Ser – Recuperação de Nascentes no Sertão Alagoano reuniu cerca de 250 pessoas no Auditório da Secretaria de Educação de Água Branca-AL, entre representantes do poder público, do terceiro setor e das comunidades das três cidades contempladas pelo projeto, aprovado no último edital do programa Petrobras Ambiental.

A gestora Carolina Leão, representante da sede da Petrobras no Rio de Janeiro, esteve presente e integrou a mesa de debates parabenizando o sucesso do evento: “A Petrobras acredita em um envolvimento como este de toda a comunidade e se orgulha de estar presente no sertão alagoano”, comentou. Na parte da tarde, o projeto realizou uma oficina de formação da Rede Renas-Ser, reunindo cerca de cem participantes, entre representantes de comunidades indígenas e quilombolas, professores, estudantes e produtores rurais.

Ao longo do dia, o evento apresentou o projeto às comunidades de Água Branca, Mata Grande e Pariconha, que terão 55 nascentes recuperadas até 2015, melhorando da qualidade de vida da comunidade e as condições de convivência com o semiárido, através da garantia da sustentabilidade das nascentes e da internalização de conceitos de educação ambiental.

Para Sérgio Leal, representante da Organização de Preservação Ambiental (OPA), proponente do projeto junto à Petrobras, a comunidade deve conviver em harmonia com as características do local onde vive: “Recuperar nascentes é amenizar a seca e gerar produtividade. Não podemos mudar o clima, mas podemos aprender a conviver melhor com ele”, comentou.

“Acreditamos que todo projeto que constrói conceitos junto às comunidades e não apenas os impõe tem muito mais chance de alcançar seus objetivos”, afirmou Ana Cristina Accioly, que ao lado da educadora Sílvia Janayna, coordenou a oficina de formação da Rede Renas-Ser. “Esta é uma rede que irá unir toda a comunidade, propondo, discutindo e executando ações efetivas na sustentabilidade de nossas nascentes”, complementou.

O lançamento

O evento foi aberto com a apresentação das crianças do projeto ambiental e educacional Caminho Verde, de Água Branca. Logo após, a professora Josefa Adriana Ferro, da UNEAL, expôs aos participantes sua bem sucedida experiência de recuperação de nascentes no município de Palmeira dos Índios. Na sequência, a coordenadora do Renas-Ser, Maria do Carmo Vieira, apresentou o projeto à comunidade, formando a mesa de debates com representantes dos três municípios e com a participação do público. Ao final, o grupo Guerreiros de Santa Joana do Mestre Deca encerrou a programação da manhã.

À tarde, no mesmo local, mais de cem participantes realizaram a oficina de formação da Rede Renas-Ser, integrando atividades lúdicas e inclusivas de conceituação e percepção coletiva da importância das nascentes para as comunidades de Água Branca e Pariconha. No próximo dia 29 de novembro a oficina acontece na cidade de Mata Grande, a partir das 8h30, no Mercado Público.

O projeto

Criada em 2003, com a finalidade de apoiar e desenvolver ações para a defesa, elevação e manutenção da qualidade de vida do ser humano e do meio ambiente, a Organização de Preservação Ambiental (Opa) foi selecionada no edital de 2012 do Programa Petrobras Ambiental com o Projeto Renas-Ser – Recuperação de Nascentes no Sertão Alagoano.

Com sede no Instituto Palmas, parceiro do projeto, na cidade de Piranhas-AL, o Renas-Ser tem como principal objetivo contribuir para a recuperação da biodiversidade e para a melhoria da qualidade de vida e das condições de convivência com o semiárido.

Através da garantia de sustentabilidade das nascentes da região e da construção coletiva de conceitos de educação ambiental, o Renas-Ser irá mapear e diagnosticar a situação das nascentes da região, promovendo a recuperação de 55 nascentes, amenizando a carência de água e diminuindo a incidência de doenças provocadas por água contaminada.

O projeto prevê também a restauração da mata ciliar das nascentes recuperadas, contribuindo para a preservação das espécies nativas e para a sustentabilidade das fontes. Além disso, o Renas-Ser atuará na sensibilização e na capacitação das comunidades locais para que atuem como multiplicadores do projeto.

A médio e longo prazo, o projeto espera viabilizar a agricultura local, melhorando a renda familiar das comunidades da região, formar redes de responsabilidades compartilhadas entre o poder público e o terceiro setor, com participação da comunidade, elaborar o Plano de Manejo de Nascentes e fortalecer a organização social e a consciência ambiental da região.

Educação Ambiental

O Projeto Renas-Ser – Recuperação de Nascentes no Sertão Alagoano irá investir na difusão da consciência ecológica, de acordo com as diretrizes do Programa Petrobras Ambiental, que em seu último edital traz como tema “Água e Clima: contribuições para o desenvolvimento sustentável”.

Entre as ações do projeto na área de educação ambiental estão previstas: fomento da internalização de conceitos através da capacitação dos moradores das comunidades rurais e alunos das escolas rurais, para atuarem como multiplicadores em uma nova relação com a biodiversidade e com as nascentes; promoção da mobilização e organização dos sindicatos rurais e da comunidade em torno da preservação das nascentes; formação e alimentação da Rede Renas-Ser nas comunidades, sindicatos rurais e instâncias governamentais; apoio e criação de grupo de discussão nas escolas e comunidade e elaboração de uma agenda de debates da população com especialistas.

Além disso, o projeto pretende investir no planejamento participativo, com a preparação da metodologia e do material didático e de comunicação junto à comunidade, através de oficinas, debates e reuniões periódicas.

O Projeto Renas-Ser – Recuperação de Nascentes no Sertão Alagoano é um projeto da Organização de Preservação Ambiental (Opa), apoiado pelo Instituto Palmas, com patrocínio Petrobras através do Programa Petrobras Ambiental.