Categorias: Política

Câmara aprova Parcerias Público Privadas para obras em Maceió

Projeto de autoria do Executivo busca investidores que queiram realizar obras no município

Ascom Câmara

Ascom Câmara

Com dois votos contrários e quinze favoráveis, a Câmara Municipal de Maceió aprovou na sessão desta terça-feira (26), em segunda votação, o Projeto de Lei que autoriza o Executivo a outorgar, mediante licitação, a concessão de Parcerias Público Privadas (PPP’s) para serviços de infraestrutura em Maceió. A iniciativa partiu de uma mensagem enviada pelo prefeito Rui Palmeira (PSDB), em junho, buscando localizar investidores que tenham interesse em desenvolver alguma obra no município.

O contrato mínimo é de R$ 20 milhões, e não pode ser inferior a 5 anos e superior a 35 anos, incluindo eventual prorrogação. O texto aprovado agora segue para sanção ou veto do prefeito. O projeto recebeu parecer favorável na Comissão de Constituição e Justiça.
As parcerias público-privadas foram criadas em 2004, pela Lei Federal 11.079, que estabelece normas gerais para as contratações das PPP’s na administração pública, conceituando-se “como um contrato administrativo de concessão na modalidade patrocinada ou administrativa”. Com isso, o poder público visa estimular a participação das empresas em projetos com grande necessidade de investimento.

Com a sanção do prefeito, ficará criado um conselho gestor do programa com a presença de 12 integrantes, entre representantes do setor público e sociedade civil. “As Parcerias Público Privadas vêm se apresentando como uma das melhores alternativas para viabilizar os investimentos em infraestrutura e serviços públicos, contribuindo para a obtenção de resultados sociais bastante positivos”, diz a mensagem do prefeito, que enfatiza a capacidade na captação de recursos privados na execução para obras e que são capazes de obter condições de financiamento melhores que as obtidas pelo setor público.

O texto destaca ainda que tanto a Secretaria de Planejamento, quanto a de Controle Interno, respectivamente, coordenarão e assessorarão os contratos das PPP’s que venham a ser firmados em Maceió. A vereadora Heloisa Helena (PSOL) fez duras críticas ao projeto dizendo que “essa é uma fórmula camuflada de privatização”. Ela tentou fazer uma emenda ao texto original que proibisse qualquer PPP na área de Educação e Saúde, mas não conseguiu apoio para modificação.

Além dela, o vereador Cléber Costa (PT) votou contra a iniciativa. Mesmo assim, ao discursar enfatizou que recebeu a garantia do líder do governo, Eduardo Canuto (PV), que este não era o interesse do prefeito, pois ele pretende buscar recursos para obras estruturantes no município. Por outro lado, Eduardo Canuto destacou que as PPP’s são instrumentos utilizados para a viabilização de empreendimentos relevantes para a administração pública, para implementação de serviços complexos e que não sejam viáveis de serem executados pelas vias contratuais ordinárias. Ele ainda enfatizou, assim como fez o prefeito, que o município está se preparando economicamente, tecnicamente e, sobretudo, juridicamente, para regulamentação dos contratos.