Cerca de 130 feirantes participam da feira. Cerca de 400 toneladas de alimentos devem ser comercializadas.
Josival acredita na aproximação entre o campo e a cidade
Agricultores de vários acampamentos e assentamentos de Alagoas iniciam, na manhã desta terça-feira (10), a última Feira da Reforma Agrária de 2013. São cerca de 130 agricultores rurais que comercializam os frutos da terra no coração de Maceió, na Praça da Faculdade, no Prado. A feira segue até a próxima sexta-feira (14).
Uma das vantagens da feira, segundo a organização, é a oportunidade do trabalhador da cidade adquirir os produtos direto da mão do agricultor familiar, evitando atravessadores e na redução dos custos.
São encontrado na feira os tradicionais alimentos a macaixeira, inhame, banana, melão, bodes, carneiros e galinhas. São cerca de 400 toneladas em alimento.
De acordo com Josival Oliveira, coordenador Nacional do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), a feira mostra a importância da reforma para essas famílias de agricultores. “Desta maneira a feira se torna um espaço de diálogo entre o homem do campo e as pessoas da cidade”, destaca.
Os trabalhadores são oriundos de 14 cidades do interior de Alagoas. Entre elas Maragogi, japaratinga, São Luiz, Matriz do Camaragibe, Flexeiras, Joaquim Gomes, Novo Lino, Murici, Messias, Branquinha, União dos Palmares, Ibateguara, Delmiro Gouveia e Belo Monte.
“Se o governo do Estado investisse mais em infraestrutura nesses assentamentos poderíamos ter mais feiras dessas ao longo do ano. O investimento iria ajudar a viabilizar a produção do agricultor, de forma a evitar a criminalização do movimento social”, afirmou Oliveira.
Além da feira, o visitante pode também conhecer a praça de alimentação da Reforma Agrária, que conta com diversas comidas regionais. Á noite os visitantes podem curtir o som de bandas de forró pé de serra e outras atrações culturais realizadas no palco, por volta das 19h.