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Dólares voltam a sair do Brasil no início de dezembro, revela BC

No começo deste mês, US$ 2,65 bilhões deixaram a economia brasileira. Em novembro, com bônus do campo de Libra, houve ingresso de moeda.

Ilustração

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Após registrar o primeiro ingresso de recursos do exterior em seis meses no mês de novembro, com a entrada de dólares no país para o pagamento do bônus do campo de Libra, os dólares voltaram a deixar a economia brasileira no começo de dezembro.

Segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (11) pelo Banco Central, a saída de recursos superou o ingresso de divisas do país no valor de US$ 2,65 bilhões na primeira semana deste mês, ou seja, na parcial até 6 de dezembro.

Impacto na cotação do dólar
A saída de recursos no país, registrada no começo de dezembro, favoreceria, em tese, a alta do dólar. Isso porque, com mais moeda norte-americana no mercado, seu preço tenderia a ficar menor.

Neste mês, vem sendo registrada estabilidade na cotação da moeda norte-americana, que estava em R$ 2,33 no fim de novembro. Nesta quarta-feira, por volta das 13h50, estava na mesma cotação.

No começo de dezembro, o dólar subiu e chegou perto de R$ 2,40, mas depois da confirmação do Banco Central de que o programa cambial terá continuidade em 2014, a moeda norte-americana voltou a recuar nos últimos dias.

Acumulado do ano
Mesmo com a entrada de dólares registrada no acumulado deste mês, o saldo parcial de 2013 ainda está deficitário em dólares. Desde o início deste ano até o fim de novembro, US$ 6,13 bilhões deixaram o Brasil.
Em igual período do ano passado, foi registrado um ingresso de US$ 22,15 bilhões no país. Com isso, o fluxo cambial teve uma reversão de US$ 28,2 bilhões no acumulado de 2013.

A saída de dólares do Brasil neste ano teria sido maior, segundo operadores, se não fosse a captação da Petrobras no mercado externo de US$ 11 bilhões feita em maio. Não há informação exata, porém, sobre quanto desta operação foi, de fato, internalizado no país.

Se confirmado o saldo negativo de dólares para todo este ano, será o primeiro desde 2008 (quando o valor ficou negativo em US$ 983 milhões), no auge da crise financeira internacional que abalou os mercados e minou a confiança de investidores.