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Intérprete de sinais usado em cerimônia para Mandela era falso

Entidade de surdos diz que gestos feitos por 'impostor' não faziam sentido; governo sul-africano deve comentar caso.

Reuters

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O responsável pela tradução de sinais durante a cerimônia de homenagem a Nelson Mandela, em Johanesburgo, era um impostor. A acusação foi feita na terça-feira pela Federação dos Surdos da África do Sul. O evento contou com a participação de milhares de sul-africanos, celebridades e dezenas de chefes de Estado e outras autoridades.
O homem ainda não identificado foi visto participando da cerimônia, que foi transmitida por diversas emissoras internacionais. Ele ficou ao lado, por exemplo, de Barack Obama, presidente dos Estados Unidos. "Ele movia suas mãos para todos os lados, mas os gestos não tinham nenhum significado", explicou Bruno Druchen, diretor nacional do órgão.
O governo sul-africano informou que está preparando um comunicado com um posicionamento sobre o caso. Jackson Mthembu, porta-voz da instituição, recusou-se a comentar o incidente. Duchen e outros dois especialistas em línguas de sinais disseram que o tradutor não fazia nenhum movimento conhecido na África do Sul ou na América.

Nicole Du Toit, um intérprete de sinais que assistiu ao evento pela TV, disse que o impostor foi motivo de vergonha. "Foi horrível, um circo, muito ruim. Apenas ele poderia entender os gestos que fazia."