A presidente Dilma Roussef rebateu nesta quinta-feira (12) críticas dirigidas ao governo pela condução da política econômica. Ao fazer novamente uma comparação com o passado, afirmou que "dói nos críticos de hoje" que "o Brasil estava praticamente falido" quando começou a administração petista. Dilma disse que o "antigo ciclo vicioso de desigualdade e estagnação" foi substituído por "ciclo de desenvolvimento e distribuição de renda".
"A taxa de desemprego em dezembro de 2002 [ano em que Lula foi eleito] chegava a 10,5%. E a gente tinha o caixa bem baixo: tínhamos 32 bilhões de dólares de reserva e devíamos esses 32 pro Fundo Monetário [Internacional, FMI]. O Brasil estava praticamente falido. Essa é a verdade. A verdade que dói nos nossos críticos de hoje. Em contraste, nós não fizemos isso", discursou a presidente, destacando que as reservas internacionais do país hoje alcançam US$ 376 bilhões.
A declaração ocorre um dia após o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmar que o Brasil está crescendo "com duas pernas mancas". Mantega atribuiu a fragilidade do crescimento nos últimos anos ao "financiamento ao consumo escasso" e à crise internacional "que nos rouba parte da possibilidade de crescimento".
De acordo com Dilma, há um "contraste abissal" entre o país que "foi entregue" ao governo do PT e o Brasil que o PT administra.
"O contraste entre o país que nos foi entregue o país de hoje é abissal. O Brasil do passado era um país frágil e pequeno, porque era pensado e governado para uma minoria e visto como um país pequeno. O país era cheio de limites de possibilidade, e pobre em sonhos e realizações. Era o pais do ‘não da certo’, ‘não tem dinheiro’, ‘não dá pra fazer e não devemos tentar’. Era o país que não acreditava em si mesmo", declarou.