Governador descarta realinhamentos de salários
O governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) convocou uma entrevista coletiva, na tarde desta quinta-feira, 19, para informar que não há possibilidade de realizar o realinhamento de salários dos militares, alegando que esbarra na Lei de Responsabilidade Fiscal. A medida não agradou à categoria.
Apesar de afirmar que não tem como atender, de imediato, o pleito da categoria, Vilela pediu que os militares encerrassem o movimento que está sendo chamado de Operação Padrão.
Durante a entrevista, o governado voltou a destacar que os investimentos em Segurança Pública estão sendo feitos. “São R$ 160 milhões de recursos do Proinveste para investir em estrutura, este ano e no próximo ”, disse.
Sobre o pedido dos militares para que os deputados estaduais criem uma CPI para investigar o Plano Brasil Mais Seguro, o governador disse que a “Assembleia Legislativa é um outro poder e tem direito de fazer uma comissão para investigar”.
Questionado sobre a realização de concurso público para aumentar o efetivo do Corpo de Bombeiros, o governador disse que este concurso está na fila de espera e que não tem limite na Lei de Responsabilidade Fiscal. “Este ano fizemos o concurso da Polícia Militar e Polícia Civil. Em janeiro será o concurso dos professores e, se houver espaço, faremos o dos Bombeiros”.
Ainda durante a entrevista, o governador foi questionado sobre a denúncia feita nessa quarta-feira (18), por um militar, de que o secretário Dário Cesar estaria distribuindo panetones no bairro do Vergel do Lago, para se promover. Em reposta, Teotonio Vilela disse: "Não tenho nada a declarar”.
Em relação ao pedido dos militares pela exoneração do secretário de Defesa Social, coronel Dário César, o governador disse que a solicitação não é negociável.
Ao saber das declarações do governador, o subtenente Teobaldo de Almeida, Presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos PMs e CBMs de Alagoas, disse que o movimento não é radical, mas que o governador precisa apresentar uma solução. “O governador está se esquivando da realidade e mentido com relação às contas do governo. O governador só gasta 44% da Lei de Responsabilidade Fiscal e o secretário da fazenda está maquiando as contas do estado. Há mais de dois anos que nós estamos negociando e até hoje nada foi resolvido”, disse o subtenente.
Sobre a Operação Padrão, Teobaldo de Almeida disse que os militares não estão irregulares. “Não existe irregularidade na Operação Padrão. Nós estamos seguindo o que diz a Lei. Assim como o governador está usando a Lei de Responsabilidade Fiscal, nós também estamos usando o que diz a lei para fazer o nosso trabalho”.
Os deputados Ronaldo Medeiros, Judson Cabral, Jeferson Moraes e Antônio Albuquerque também estiveram no palácio nesta tarde para acompanhar a negociação entre o Executivo e os militares. Em entrevista à imprensa, Moraes se limitou a dizer que a ALE quer uma resposta imediata sobre a situação dos militares.