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Núcleo de Promoção à Filiação realiza audiência coletiva de guarda

Cerca de 11 famílias participaram da sessão e 15 crianças foram registradas.

Parentes próximos assumem guarda definitiva de crianças e adolescentes

O Núcleo de Promoção à Filiação (NPF) promoveu uma audiência coletiva de guarda, nesta quinta-feira (19), no Fórum da Capital, localizado no Barro Duro. Durante a sessão, cerca de 15 jovens tiveram a guarda regularizada, a maioria por parentes próximos que já estavam cuidado da criança ou do adolescente.

A assistente social do NPF, Márcia Cristina de Souza, explicou que o reconhecimento das famílias que necessitavam regularizar a guarda dos jovens ocorre através de uma avaliação nas escolas de rede pública, por meio dos alunos matriculados sem o registro do pai ou da mãe. Somente nessa sessão onze famílias tiveram a guarda regularizada.

Foi o caso da auxiliar de serviços gerais, Maria Izabel da Conceição, de 29 anos, que após dois anos e meio da morte da irmã buscou ficar com a guarda da sobrinha, A.V. C, de seis anos de idade. “Acho importante registrar o nome dela porque vai estar guardado um pedaço da minha irmã comigo”, comemorou ao explicar, também, a facilidade que agora terá com as documentações da criança.

A psicóloga do NPF, Karina Torres Ribeiro, relatou que a importância do registro para o jovem está ligado a afetividade. Para ela, a criança ou o adolescente passa a ter mais segurança em saber que existe um responsável por ela. Karina explica, também, que os psicólogos passam a avaliar desde o início o envolvimento dos parentes para saber se os possíveis responsáveis têm capacidade de cuidar.

A maioria dos casos de abandono de crianças e adolescentes são relacionados a vulnerabilidade social, dependência química e ausência dos pais em razão do trabalho. De acordo com o núcleo, a maioria dos casos são fáceis de serem aprovados, diferente da adoção, porque as crianças já estão no convívio da família.

“Gostaria de parabenizar vocês, guardiãs dessas crianças, porque é uma missão difícil, pois sabemos as dificuldades que existem e mesmo assim resolveram ampará-las. Além de ser direito de toda a criança ter esse amparo”, afirmou a assistente Márcia Cristina, durante a sessão, para as famílias que estavam presentes.