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Dívidas de até R$ 250 representam um terço da inadimplência no país

Inadimplentes nessa faixa aumentaram para 33,15% em novembro. Indicador é do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

Ilustração

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A inadimplência de dívidas de consumidores com valores de até R$ 250 aumentou no mês de novembro e alcançou 33,15% dos registros, segundo o indicador do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Em outubro, os inadimplentes nessa faixa representaram 32,98% do total.

Segundo o SPC Brasil, é a primeira vez desde julho que ocorre um aumento da participação de calotes no comércio brasileiro com valores mais baixos.

Na avaliação dos administradores do serviço, o movimento ainda pode ser considerado pontual, mas também pode indicar que os brasileiros estão começando a ter dificuldades para pagar dívidas de menor valor em virtude da inflação, que tem se mantida em patamares elevados ao longo deste ano.

Os dados mostram ainda que houve uma queda na participação de registros de maior valor. A participação das dívidas entre R$ 1 mil e R$ 7,5 mil, caiu de 43,04% em outubro para 42,77% em novembro.

“Estamos falando de dívidas com atraso há mais de 90 dias, o que mostra que as pessoas estão com dificuldade para pagar”, diz economista do SPC Brasil, Luiza Rodrigues.

Gênero e faixa etária

As mulheres continuam representando a maior parte dos inadimplentes: 55,48%% dos casos de negativados em novembro, ao passo que os homens representam 44,52%.

O levantamento também revela que a maior parte dos cadastros negativos concentra-se em CPFs de consumidores entre 25 e 59 anos, que representam 62,5% dos casos.

Segundo o indicador do SPC Brasil, no mês de novembro, a inadimplência apresentou uma retração de 3,22% na comparação com o mesmo mês de 2012 e um aumento de 0,75% na comparação com outubro de 2013.