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Militares apresentam sugestões e mantêm operação padrão

As associações militares realizam, na tarde desta sexta-feira, 20, uma entrevista coletiva para anunciar que voltarão às atividades parcialmente até a próxima quinta-feira, 26, data em que o governador Teotonio Vilela Filho se comprometeu em dar uma proposta definitiva sobre a pauta apresentada pela categoria. "Na reunião de ontem, o governador não negou nenhum pedido dos militares e a proposta foi otimista", disse um dos líderes do movimento militar, coronel Ivon Berto. Os policiais e bombeiros disseram ainda que caso o Governo de Alagoas não apresente uma proposta favorável a Operação Padrão voltará em sua totalidade. Em sua página do Facebook, o Governador Teotonio Vilela Filho afirmou que o realinhamento da tabela de subsídio dos militares foi concedido e que foi dado um prazo para as avaliações dos novos pleitos da categoria. "Minha única contrapartida foi o retorno imediato dos policiais às ruas, para garantir a segurança de toda população alagoana. Aproveito para afirmar que são falsos os boatos que estão disseminando sobre arrastões e espalhando o terror via redes sociais. Acredito e confio que os líderes do movimento dos militares cumprirão sua parte, normalizando suas atividades para o bem de todos os alagoanos", disse o governador.

Izabelle Targino/Alagoas 24 Horas/Arquivo

As associações militares apresentam à imprensa, na tarde desta sexta-feira, 20, as propostas sugeridas ao Governo do Estado para por fim à Operação Padrão. Antes do início da coletiva um dos líderes do movimento militar, coronel Ivon Berto, afirmou que os militares voltariam às atividades parcialmente até que a situação fosse definida, na reunião do dia 26, com o governador Teotonio Vilela Filho (PDFB).

No entanto, após a chegada dos demais líderes, ficou acertado oficialmente que bombeiros e policiais militares manterão a paralisação. O próprio coronel Ivon Berto fez questão de destacar que o objetivo do movimento não é paralisar as atividades. “Nosso objetivo é mostrar que existem falhas gritantes na segurança que precisam ser resolvidas”, disse.

Segundo Ivon Berto, os militares não deixaram de atender as ocorrências, eles estariam saindo a pé, no caso de Batalhões cujos militares não possuem habilitação específica para dirigir viaturas. Dados apresentados pelo movimento revelam que apenas 20% dos militares, entre bombeiros e policiais, teriam essa habilitação, o que estaria impedindo que saíssem nas viaturas. Além disso, foram apontados vários problemas como sucateamento de viaturas, pneus carecas e outras situações graves. “Não podemos dizer jamais que suspendemos a operação padrão porque estamos cobrando o que diz a lei. Não podemos agir contra a lei. Nenhum cidadão está acima da lei, principalmente os órgãos que compõem a Segurança Pública”, disse Berto.

Como proposta para por fim a este impasse, os militares sugerem a conclusão de um processo que está parado no Detran há dois anos e trata da validação do curso de condução de viaturas de emergência ou a assinatura de uma TAC (Termo de Ajuste de Conduta) que estabeleça um prazo para que o Estado, enquanto resolve o problema, permita que os militares conduzam as viaturas sem a habilitação específica, amparados por lei. Como exemplo, o coronel citou um caso de perseguição que acabe em acidente. Nesses casos quando o militar não tem a habilitação específica, acaba respondendo pelos danos.

Os militares apresentaram também uma lista de 20 itens que passa pela melhoria das condições de trabalho e a conclusão de processos que estão aguardando posicionamento do governador há seis meses. “Ficou acertado com o governador que as reivindicações seriam discutidas em três etapas. Para a próxima quinta-feira (26) ficou pendente o encaminhamento, para a Assembleia Legislativa, dos projetos incluindo o realinhamento salarial da categoria”, continuou Berto.

Também participaram da coletiva: cabo Wagner Simas, segundo sargento Ramalho, major Fragoso e cabo Wellington.