Grupo rejeitou proposta mantendo a Operação.
Agência Alagoas
Mesmo depois de cancelar viagem a Brasília e de se reunir com representantes da PM e do CB durante boa parte da noite de ontem (26), os esforços do Governador Teotonio Vilela Filho não foram suficientes para suspender a Operação Padrão. Após reunião amena com lideranças da categoria, os militares que estavam do lado de fora do Palácio República dos Palmares não aceitaram a proposta do Governo.
Com o avanço nas negociações o governo chegou a acreditar que a Operação Padrão seria suspensa e emitiu nota à imprensa confirmando que os militares e bombeiros voltariam às ruas. Mas a assembleia realizada entre os militares depois da reunião com o governador não surtiu o mesmo efeito que os representantes do grupo esperavam e a maioria decidiu manter a Operação.
Durante reunião Vilela propôs: o realinhamento de todas as faixas salariais em apenas duas, excetuando-se os soldados, que terão apenas uma faixa, com a garantia do repasse para os salários de R$ 2,8 milhões. Inicialmente, a proposta era de R$ 1,9 milhão.
Téo também laçou proposta sobre o retroativo. O governador garantiu disponibilizar mais R$ 14 milhões, sendo R$ 6 milhões em 2014, e mais R$ 8 milhões até março de 2015. “Presido essa reunião com o sentimento de que nós estamos do mesmo lado, avançamos bastante. Queremos uma PM e um Corpo de Bombeiros profundamente motivados, preparados e equipados. Foi como tirar leite de pedra, mas conseguimos, e todos aqui nesta mesa estão de parabéns”, disse o governador.
O coronel PM Ivon Berto falou pelos policiais. Ele assinalou que o objetivo comum foi cumprido e que quem ganha com o acordo é a população de Alagoas. “O Governo cumpriu seu compromisso e nos deu uma injeção de ânimo. Não foi uma luta fácil, mas conseguimos alcançar o nosso objetivo. Quem ganha são os alagoanos”, disse o Ivon Berto. Apesar das declarações do coronel, o grupo rejeitou proposta mantendo a Operação
Uma nova Assembleia dos militares deve acontecer na manhã desta sexta-feira (27), na Assomal.
Acompanharam a reunião cinco deputados, quatro secretários de Estado e representantes da OAB e da CUT.