A primeira parcela do duodécimo da Assembleia Legislativa deste ano já está disponível nos cofres do Estado, mas não foi creditada na conta da Assembleia a pedido do presidente da Casa, deputado Antônio Albuquerque (PRTB).
Em conversa com o governador Renan Filho na tarde de ontem (20), o deputado pediu para que o recurso, pouco mais de R$ 15.300 milhões, ficasse retido no tesouro do Estado. “Estou desconfortável para fazer qualquer tipo de pagamento neste meteórico mandato como presidente da Assembleia. O governador fez seu papel constitucional e eu quem fiz o apelo. Não posso colocar sobre meus ombros o pagamento de despesas que não conheço”, disse o depurado.
Com isso, o pagamento dos salários dos servidores que está em atraso, não vai ser realizado. A Casa de Tavares Bastos ainda deve, segundo Antônio Albuquerque, os salários de dezembro e o décimo terceiro dos servidores, R$ 900 mil de empréstimos consignados que foram debitados dos salários e não foram repassados para o banco e verba de gabinete.
“Peço aos servidores um pouco mais de paciência, que esperem mais dez dias e me entendam. Quero que meus dias na presidência sirvam, pelo menos, para passar a história a limpo. Não há aqui qualquer ato de perseguição ou ilação”, justificou Albuquerque.
Sobre os projetos pendentes na Casa, o presidente disse que, pela sua vontade, convocaria sessão para que fosse votado, pelo menos, o rateio do Fundeb, mas depende dos servidores. Não tenho como convocar os servidores com os pagamentos atrasados. Muitos deles não têm como abastecer o carro ou pegar ônibus pra se deslocar.
Antônio Albuquerque finalizou fazendo uma crítica à gestão anterior. "Não tem como dizer que foi uma boa gestão. A Assembleia já foi meu céu de ilusão e meu inferno da realidade”, afirmou.
