Senador é candidato ao Governo e Alagoas.
A presidente Dilma Rousseff colocou a eleição do líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros- em 2014 ao Governo de Alagoas- na pauta do Palácio do Planalto. É de Renan a indicação do alagoano- de Penedo- Guilherme Almeida Gonçalves para a presidência da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf)- a estatal vinculada ao Ministério da Integração Nacional.
A Codevasf é ligada ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB)- postulante a vaga de vice na disputa de 2014, de Dilma. Campos é responsável pela indicação do ministro da Integração, Fernando Bezerra- e cede não para o PMDB, mas para Renan, a cabeça da estatal nordestina- a mina de ouro de 11 entre 10 políticos do Nordeste.
Assim, Eduardo Campos e Dilma constroem o caminho de Renan, ao Governo de Alagoas, para daqui a dois anos. E chefão alagoano do PMDB se movimenta, agora, na base dos sindicatos.
Está de olho na direção do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinteal) e Sindicato dos Previdenciários (Sindiprev)- controlados pelo PT. O braço do setor sindical- nestas duas entidades- congrega mais de 30 mil trabalhadores. Votos garantidos, portanto.
Renan busca candidatos- do PT, mas ligados ao estilo político do senador- para o controle destes dois sindicatos.
Mas, para isso, terá de derrubar as duas direções do sindicato- no poder há mais de 20 anos.
Com Renan na disputa ao Governo, em 2014, há o apoio garantido do Palácio do Planalto (Dilma) e a maior liderança política- da nova geração- o governador de Pernambuco. Não é pouco.
Campos ajudou na eleição do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) em 2010. E, nas conversas de bastidores do terceiro tempo eleitoral- o tapetão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quando Vilela foi absolvido de abuso de poder político, em ação movida pelo ex-governador Ronaldo Lessa (PDT).
Mais de 20 anos após a derrota de Renan ao Governo de Alagoas- em uma das disputas mais fraudadas da história- o senador tem o bilhete premiado de Dilma para chegar lá. Ao Palácio República dos Palmares.