Elas alegam que os militares ainda não foram julgados e não podem permanecer no Baldomero Cavalcante.
As mulheres dos Policiais Militares transferidos para o Presídio Baldomero Cavalcanti realizaram, na tarde desta terça-feira, 10, um protesto em frente ao Palácio República dos Palmares. Elas reivindicam uma audiência com o Governo para pedir uma solução urgente para o caso.
“Eles ainda não foram julgados, portanto, ainda são policiais militares. Por lei, eles não poderiam estar em um presídio civil”, destacou Mariuza Apolinário, 37 anos, esposa de um PM.
Ela também destacou que as condições em que se encontram os policiais não são as melhores. De acordo com Apolinário, os PMs já estão se alimentando, mas ainda temem pela própria vida. “A transferência só poderá ser definitivamente concluída quando o governador do estado tomar uma posição sobre o caso”, disse a esposa.
As esposas estão recebendo apoio da Associação dos Cabos e Soldados de Alagoas e Associação dos Sargentos e Subtenentes, para tentar reverter a situação.
Foram transferidos do Presídio Militar para o Baldomero Cavalcante, no dia 19 de dezembro, 18 sargentos, cabos e soldados após uma determinação do Conselho Estadual de Segurança Pública. Além da transferência, o Conselho também determinou a interdição do Presídio Militar, sob a alegação de apresentarem problemas estruturais.
Após a transferência, as mulheres dos militares denunciaram as ameaças que os policiais estão sofrendo no sistema prisional e um possível envenenamento da comida.