Por unanimidade o Pleno acatou a ação impetrada pelo vereador Ricardo Barbosa, em março de 2011.
O Pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE/AL) reconheceu, na tarde desta terça-feira, 25, a permanência do vereador Ricardo Barbosa (PT), na Câmara Municipal de Maceió. A decisão ocorreu após sua saída do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e ingresso nas fileiras do Partido dos Trabalhadores (PT), em 2011.
Por unanimidade, o Pleno acatou a ação impetrada pelo vereador Ricardo Barbosa, em março de 2011. De acordo com Barbosa, a ação foi necessária após sofrer uma forte discriminação por parte dos dirigentes do antigo partido. “Eu não deixei, muito menos abandonei o PSOL. Apenas saí do partido quando o presidente Mário Agra e a vereadora Heloísa Helena me acusaram de enriquecimento ilícito e eleição imoral. Foram esses elementos que o TRE julgou e reconheceu”, desabafou Ricardo Barbosa.
Ricardo Barbosa disse em entrevista ao Alagoas24horasque estava apenas esperando a decisão do TRE/AL, em relação ao seu mandato, para impetrar outra ação civil e criminal contra Mário Agra, pela reparação dos danos causados pelas “falsas acusações”.
“É muito chato a gente andar nas ruas e ser apontado como um criminoso, principalmente por coisas que não foram feitas. Irei reparar isso na Justiça e já estou acionando o meu advogado”, disse Barbosa.
A crise interna do PSOL em Alagoas teve com o término do processo eleitoral de 2010 e se arrastou até meados de 2011, com a divulgação, na imprensa, da aprovação do pedido de expulsão do vereador Ricardo Barbosa da agremiação e o anúncio do seu retorno ao Partido dos Trabalhadores (PT).
Sua saída do partido já era esperada desde que o Conselho de Ética do partido aprovou por unanimidade sua expulsão, mas a sua filiação ao PT surpreendeu pela rapidez com que foi anunciada: antes da sua saída ser avaliada pelo diretório nacional do PSOL.
Para quem acreditava que o imbróglio político havia terminado, o PSOL decidiu cobrar na justiça o mandato de Ricardo Barbosa, que foi eleito vereador pelo partido em 2008 com 453 votos, ajudado pelo coeficiente eleitoral. A crise interna do partido teve início quando alguns integrantes do partido passaram a discordar de posicionamentos da vereadora Heloísa Helena, então candidata do PSOL ao Senado.
Na ocasião, o vereador Ricardo Barbosa divulgou um documento interno com críticas à entrada do Padre Eraldo no partido e um possível apoio de setores de outros partidos a Heloísa Helena. Além do fato de a vereadora ter declarado apoio a Marina Silva (PV), durante campanha presidencial.
Ao anunciar sua desfiliação do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL), Barbosa esperava que o Tribunal se manifestasse previamente sobre seu ponto de vista quanto à mudança de partido. O que não aconteceu. O TRE respondeu que a decisão dizia respeito apenas ao PSOL.