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Policial chinês larga profissão para se dedicar a ‘pole dancing’

Gong Yifei tem o sonho de fazer com que a dança seja vista na China como uma expressão artística.

BBC

Gong Yifei trocou a vida de policial por uma carreira de dançarino

O policial chinês Gong Yifei trocou a vida de policial por uma carreira de dançarino e instrutor de ‘pole dancing’.

Ele faz aulas em Pequim no clube de pole dancing Luolan, a primeira e maior cadeia do tipo na China. Yiefei é o único homem no clube atualmente.

O ex-policial diz que quer que esse tipo de dança seja respeitada como arte, e não vista apenas como pornografia.

‘Tenho 24 anos e adoro dançar desde que eu era criança’, diz Gong. ‘Mas nunca havia considerado ter aulas. Eu só comecei a ter aulas depois de ter ficado maravilhado com um clipe colocado na internet pela escola Luolan.’

Antes de se dedicar ao mundo do pole dancing, Gong Yifei não podia ter uma vida mais diferente.

Ele entrou para o Exército aos 18 anos e depois foi recrutado pela polícia. Yifei destacou-se no setor de resgate de reféns, e chegou a ser promovido.

O chinês diz que sua decisão de trocar a farda pelo ‘pole dancing’ surpreendeu seus professores de dança. Ele não teve coragem de contar aos amigos, mas diz que sua família apoiou sua decisão.

As sessões de dança em nível avançado são extremamente cansativas. Muito do tempo é usado em exercícios físicos para melhorar a musculatura, e alongamentos.

Ele está se preparando para virar instrutor de dança. O ex-policial já gastou cerca de 12 mil yuans no treinamento (cerca de R$ 3,3 mil).

Por ora, ele ainda depende de ajuda financeira da sua família. Ele sabe que mesmo se tornando professor de pole dancing, terá que achar outro emprego para conseguir se sustentar.

Gong Yifei descarta se apresentar em público. Ele afirma que esse tipo de dança está restrito a bares gays, e poucos veem o pole dancing como uma manifestação artística. Ele espera que seu trabalho como instrutor possa mudar a imagem do ‘pole dancing’ na China.