Praia do Porto da Barra ficou lotada neste domingo (5).
Mesmo com a greve parcial da Polícia Militar que acontece desde o dia 31 de janeiro, a população mantêm sua rotina. A Praia do Porto da Barra ficou lotada neste domingo (5). O show do Cortejo Afro que aconteceu nesta manhã, no palco principal do Teatro Castro Alves, ficou lotado, segundo a direção da casa.
Ainda neste domingo, a Concha Acústica do TCA manteve o show do rapper Criolo. A festa tem início às 17h30, e marca o encerramento do Festival Internacional de Música e Cultura Digital (Digitália), que discutiu o tema ‘Celebrando a primeira década de música online’ onde reuniu nomes importantes do cenário da cibercultura, entre eles, Gilberto Gil, Derrick de Kerckhove, Volker Grassmuck, Ronaldo Lemos e Massimo Cannevacci.
Os bares da cidade voltaram a abrir a suas portas. No Rio Vermelho, bairro boêmio de Salvador, a população começa a frequentar os bares, que agora estão abertos, ao contrário da sexta-feira (3). Na orla de Salvador, baianos e turistas caminham tranquilamente mesmo com a presença da tropa da Força Nacional de Segurança.
A greve parcial da Polícia Militar na Bahia provocou o cancelamento de diversos shows que seriam realizados neste fim de semana em Salvador. A assessoria do bloco afro Ilê Ayê comunicou a suspensão do tradicional ensaio na Senzala do Barro Preto, no bairro da Liberdade, que seria realizado neste sábado (4). O projeto Música no Parque com o grupo Bailinho de Quinta, que seria realizado neste domingo (5), foi adiado para o dia 26 de fevereiro, primeiro domingo após o carnaval de Salvador.
Entre outros eventos, o show da banda Filhos de Jorge, que acontece às sextas no Mercado Modelo também foi cancelado. Quem comprou antecipadamente o ingresso da festa pode utilizá-lo no próximo show, que acontecerá na sexta-feira (10). Além dos eventos, o Museu de Arte Moderna confirmou por meio da assessoria de imprensa a suspensão das atividades do local nesta sexta-feira.
O teatro Gamboa Nova, localizado na Gamboa de Cima, no Centro Antigo de Salvador, suspendeu suas atividades durante este fim de semana. As apresentações do Festival de uma Cia Só, o solo infantil Sonho, Caymmi Underground do experimento musical Miku e a visitação da exposição Os processos do ser, da artista plástica Antuá.
A Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, informou através de assessoria de Imprensa, que os museus geridos pela instituição não abrirão neste fim de semana. De acordo com a assessoria, a funcionalidade das instituições como Museu de Arte Moderna da Bahia, Museu de Arte da Bahia e Palacete das Artes e outros, deverão abrir na próxima terça-feira (7).
Durante os seis dias de greve de parte dos policiais militares na Bahia, o número de homicídios em Salvador e região metropolitana aumentou 129% em comparação ao mesmo período da semana anterior. A greve foi decretada na noite de terça-feira (31).
Das 21h de terça (31) até as 13h deste domingo (5), foram registrados pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) 78 homicídios. No mesmo período da semana anterior, ou seja, das 21h do dia 24 de janeiro (terça) até as 13h do dia 29 (domingo), foram registrados 34 homicídios segundo os dados da secretaria.
Neste domingo foram registrados oito casos de assassinatos. Seis desses crimes foram cometidos em bairros de Salvador: três em Valéria, um em Marechal Rondon, um em Itinga e um em Pau da Lima. Os outros dois ocorreram em cidades vizinhas da capital, Madre de Deus e Candeias.
No domingo passado (29), houve três homicídios até as 13h. Eles ocorreram nos bairros São Caetano, Sete Portas e Periperi.
Dos seis dias de greve, sexta-feira (3) continua sendo o que somou mais casos, com 31 registros. Outras 14 mortes foram de quinta-feira (2).
O Comando da 6° Região Militar, que representa o Exército Brasileiro na Bahia, disponibilizou neste domingo (5) um número telefônico para receber denúncias e outras informações por parte da população. O contato é (71) 3320-1972.
Um soldado da PM e dirigente da Associação dos Policiais, Bombeiros e dos seus Familiares do Estado Bahia (Aspra) foi preso na madrugada deste domingo, segundo o governo do estado, e encaminhado a sede da Polícia do Exército, na Avenida Paralela, em Salvador.
O PM é lotado na Companhia de Policiamento de Proteção Ambiental (COPPA). Segundo o governo, ele é suspeito de formação de quadrilha e roubo de patrimônio público, referente à retenção das viaturas.
A prisão dele é a primeira cumprida dos 12 mandados de prisão expedidos pela Justiça da Bahia contra integrantes do movimento grevista. De acordo com o governo, as outras 11 prisões devem ser executadas durante este domingo.
A Polícia Militar recuperou, na tarde deste sábado, 16 carros oficiais que estavam em poder dos grevistas, na Assembleia Legislativa, em Salvador. Os manifestantes são filiados à Associação dos Policiais, Bombeiros e dos seus Familiares do Estado Bahia (Aspra). Os mandados de reintegração de posse foram expedidos na manhã do sábado (4).
O presidente da Associação dos Policiais, Bombeiros e dos seus Familiares do Estado Bahia (Aspra), Marco Prisco, e os policiais filiados à entidade, esperam espaço para negociação das pautas reivindicatórias com representantes do governo do estado. "A palavra é negociação", diz Prisco neste sábado (4), na sede da Assembleia Legislativa, onde está desde a noite de terça-feira (31).
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que já fez o pedido de reserva de vagas em presídios de segurança máxima para encaminhar, caso seja necessário, os policiais militares que tenham cometido algum tipo de crime durante a mobilização grevista, que já dura cinco dias na Bahia. Durante coletiva à imprensa, realizada na manhã deste sábado (4) ainda na Base Aérea, onde desembarcou, o ministro frisou a relação que o governo federal mantém com as políticas de segurança estadual.
O governador da Bahia, Jaques Wagner, tentou tranquilizar a população do estado em cerca de três minutos de pronunciamento oficial, transmitido pelas emissoras de rádio e TV por volta das 20h15 desta sexta-feira (3). Ele reafirmou a “intranquilidade” vivida nos últimos quatro dias, que tem resultado no fechamento antecipado do comércio, violência na rotina do trânsito e contra a população. “Estamos tomando providências para conter ações de um grupo de polícia usando métodos condenáveis e difundindo o medo na população, causando desordem”, afirma.