O cabo Samuel Silva Souza deve ser indiciado por porte ilegal de arma de fogo, já que a pistola usada no crime não era registrada em seu nome.
Quatro pessoas estão sendo ouvidas nesta sexta-feira, dia 25, pelo delegado Gustavo Pires de Carvalho, que investiga o atentado que terminou com a morte de um jovem e deixou outras duas pessoas feridas durante o desfile do tradicional bloco ‘Tudo Azul’, no Carnaval na cidade de Murici. Os depoimentos acontecem na sede da Delegacia Geral de Polícia Civil, no bairro de Jacarecica.
As duas vítimas feridas, o major da Polícia Militar de Alagoas Marcelo Araújo de Souza, 43, e Marcone da Silva prestaram depoimento, mas, não quiseram conversar com a imprensa. Duas testemunhas do crime, que estavam juntos com as vítimas e que não tiveram os nomes revelados, também serão ouvidas pelo delegado.
O acusado no crime, o cabo Samuel da Silva Souza, de 42 anos, que está preso no presídio Baldomero Cavalcanti, já foi ouvido pelo delegado Gustavo Pires. De acordo com o delegado, ainda é preciso esclarecer algumas informações sobre o caso, inclusive sobre o registro da arma usada durante a confusão.
A arma utilizada no crime, uma pistola calibre 380, foi apreendida pelos policiais logo após o crime. A pistola, segundo a polícia, não é registrada no nome do militar. Além dos crimes de homicídio, tentativa de homicídio e lesão corporal, Samuel Souza deverá responder ainda por porte ilegal de arma.
No dia do flagrante, na terça-feira, dia 21, o cabo Samuel Souza alegou ao delegado plantonista que estaria tentando apartar uma suposta confusão dentro do bloco envolvendo o major e a ‘arma teria disparado’.
Durante os disparos, Bruno Macena da Silva, de 21 anos, foi atingido na nuca e faleceu no local. Já o major e o amigo foram atingidos de raspão.
O cabo Samuel já havia sido expulso da Polícia Militar de Alagoas por crime de homicídio e foi reintegrado, segundo o secretário de Defesa Social, Dário César, judicialmente.
Ele responde ainda pelos processos de extorsão e formação de quadrilha. Membros do Conselho de Disciplina da PM decidiram pelo licenciamento do militar. O Comando da PM aguarda o resultado da análise da PGE para expulsar ou não o cabo Samuel dos quadros da corporação.
Nesta sexta-feira, o delegado confirmou que o cabo Samuel Silva Souza, deve ser indiciado por porte ilegal de arma de fogo, já que a pistola usada por ele para atirar contra as três pessoas no bloco não era registrada em seu nome.
Atualizada às 14h30.