Nova diretora baseia ações no tripé: competência, trabalho e honestidade.
A Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), da Polícia Civil, está intensificando as ações de combate ao crime organizado com operações que visam desmantelar quadrilhas que atuam em Alagoas.
Nomeada para o cargo em janeiro deste ano, a nova diretora da Deic, delegada Ana Luíza Nogueira, explica que está sendo dada uma atenção especial a investimentos que permitam a concretização de procedimentos que investiguem a lavagem de dinheiro dessas organizações criminosas.
“Com a identificação desse tipo de crime a polícia consegue fragilizar os criminosos na parte econômica e isso reprime fortemente as quadrilhas”, explica a delegada.
Ana Luíza Nogueira, natural de Pernambuco, ingressou na Polícia Civil de Alagoas em 2004, ocupando inicialmente por 3 anos a Delegacia dos Crimes contra a Criança e o Adolescente; foi titular da distrital de Branquinha e do 2º Distrito da Capital.
Durante três anos, ela comandou a SERB (Seção Especial de Roubo a Bancos), órgão da Deic, ganhando aí enorme experiência no combate ao crime organizado, passando a ocupar posteriormente o atual cargo na Divisão Especial.
Entre as suas metas nesse novo cargo, a delegada pretende investir no treinamento e capacitação dos policiais civis numa parceria com a Apocal (Academia de Polícia Civil de Alagoas).
“Quando se trata de organizações criminosas, os métodos tradicionais de investigação não conseguem obter o êxito necessário. Por isso, é preciso qualificar e aprimorar os meios de investigação conseguindo-se provas por meio do Setor de Inteligência”, afirma a delegada.
Para ela, o crime organizado se aperfeiçoou nos últimos anos e a polícia tem que aprimorar as suas técnicas de investigação. “E isso a Polícia Civil de Alagoas vem fazendo, tanto que os crimes de maior repercussão no Estado tiveram a resposta necessária”.
“A Deic já dispõe de uma estrutura adequada, mas nós pretendemos investir ainda mais, sempre atuando baseada no tripé: competência trabalho e honestidade. Além disso, vamos buscar interação e trocar informações com a Polícia Federal e as polícias de outros Estados nordestinos, pois as organizações criminosas, na maioria das vezes, têm ramificações em outras unidades da federação”, salientou.
Atualmente, a Deic tem um efetivo de 113 policiais civis, sendo composta por um Núcleo de Inteligência, pelo Tigre – comando de elite da Polícia Civil, a Seção Especial de Capturas e Custódias Especiais (SECCE), a Seção Especial de Roubo a Bancos (SERB) e a Seção Anti-sequestro.
Formada em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com especialização em Ciências Criminais e Docência, além de Mestrado em Direito Público pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Ana Luíza Nogueira se diz vocacionada pela profissão que exerce. Mas, ainda consegue se dedicar ao ensino universitário, sendo professora de Direito Penal e Processo Penal.
Nos últimos anos, participou de diversos cursos em Alagoas e em outros Estados, entre eles Operações Policiais Especiais, Lavagem de Dinheiro (Florianópolis), Técnicas de Investigações (Brasília), Desaparecimento de Pessoas (convênio com a Interpol), além de workshop internacional em técnicas de investigação sobre crimes relacionados ao desaparecimento de pessoas e crimes facilitados pela internet (Brasília).