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Marina, filha de Mantega, acusada de lobby no BB

Reportagem da revista Veja revela esquema.

Divulgação

Marina Mantega, filha do ministro Guido Mantega

Não andam fáceis os dias do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Há alguns meses, ele lida com um sério problema de saúde em família: o câncer da esposa Eliane Berger, que já o fez pensar em deixar o governo, para acompanhar o tratamento.

Além disso, ele tem sido cobrado pela presidente Dilma Rousseff para encerrar de vez a guerra interna no Banco do Brasil, onde alas rivais travam duelos de vida ou morte. E, dentro do próprio governo, especula-se que três nomes poderiam assumir sua vaga. Seriam eles Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, Luciano Coutinho, presidente do BNDES, e Nelson Barbosa, secretário-executivo da Fazenda.

Agora, ele tem mais um problema para administrar. Reportagem da revista Veja revela que lobistas, em Brasília, estariam usando o nome da filha do ministro, Marina Mantega, para fechar negócios bilionários no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal, duas instituições que estão subordinadas ao Ministério da Fazenda.

A reportagem menciona até uma operação específica: um empréstimo de R$ 1,6 bilhão para o grupo Bertin, um dos principais do País na área de carnes e leite.

Mantega reagiu com indiferença à reportagem. Disse que não irá processar as pessoas que estariam usando – em vão – o nome de sua filha. No entanto, não é a primeira vez que Marina traz problemas ao pai.

Na campanha presidencial de 2010, um dossiê preparado pelo PT revelou que ela mantinha encontros com o executivo Paulo Caffarelli, vice-presidente do BB, para encaminhar pedidos de patrocínio no banco. À época, os dossiês foram atribuídos à ala sindical do BB, liderada pelo deputado Ricardo Berzoini, e Mantega saiu ileso. Na verdade, saiu até fortalecido do episódio.