Segundo jornal ‘O Dia’, jogadores também podem responder por lavagem de dinheiro .
O Ministério Público Federal denunciou os jogadores Diguinho, do Fluminense, e Emerson, do Corinthians, por contrabando e lavagem de dinheiro na aquisição de uma BMW X6 importada de forma ilegal dos Estados Unidos. Segundo reportagem do jornal “O Dia” deste domingo, os dois criaram uma ‘cadeia artificial de compra e venda’ de veículos. A denúncia do MPF será avaliada pela Justiça Federal.
A BMW de Emerson e Diguinho teria sido trazida ao Brasil de forma ilegal, pela máfia dos caça-níqueis, em associação com uma quadrilha israelense. A investigação começou no ano passado, com a Operação Black Ops.
O caso pode complicar a vida dos jogadores também dentro de campo. Caso sejam confirmados réus no processo, eles só poderão deixar o país com a autorização da Justiça, o que dificultaria a participação dos dois na disputa da Taça Libertadores da América.
– Vamos analisar com calma essa situação da Libertadores. Não dá para falar nada agora sem tomar conhecimento do processo. O Fluminense ainda não foi informado de nada em relação a essa questão, até porque é um problema do jogador como pessoa física e não do clube diretamente. Mas é claro que estamos de olho e vamos conversar com o Diguinho para saber se o advogado dele já está cuidando da questão e dar todo o suporte necessário. Sabiamos que a situação estava rolando desde o ano passado, mas não sabiamos em que estágio estava. Agora a notícia surge logo no dia da final… – lamentou Rodrigo Caetano, diretor-executivo do Fluminense, em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM.
A reportagem tentou entrar em contato com Emerson, mas o jogador não atendeu as ligações. Diguinho está concentrado para a decisão deste domingo.
No Brasil, a BMW zero é avaliada em cerca de R$ 300 mil, mas em outubro de 2010 Emerson comprou o carro por R$ 200 mil. Quase dois meses depois, ele devolveu para a mesma agência (Rio Bello) e recebeu R$ 160 mil. Nesse mesmo dia, Diguinho comprou o veículo por R$ 200 mil. Porém, em janeiro de 2011, o volante do Fluminense retornou ao local com o carro. Horas depois, ele compraria o importado mais uma vez. As notas fiscais da movimentação foram entregues à Justiça pelo Ministério Público Federal.
Se condenados, Diguinho e Emersom podem pegar de quatro a 12 anos de prisão. Em depoimento para a polícia, os dois acabaram caindo em contradição, segundo a reportagem do Dia. Enquanto Emerson disse ter conversado apenas por mensagem de celular com o amigo sobre a compra. Diguinho confirmou que eles se encontraram para falar do assunto depois que as investigações foram divulgadas.