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Sindpol critica projeto de desativação de delegacias no Estado

Secretaria propôs a criação de superintendências onde as polícias vão trabalhar de forma integrada.

Um projeto de redistribuição das polícias no interior do Estado promete gerar polêmica entre a Secretaria de Defesa Social e o sindicato que representa a categoria. Em busca de ações para redução da criminalidade no Estado, a Seds apresentou, nesta segunda-feira, 27, na reunião do Conselho Estadual de Segurança (Conseg) um modelo de reordenamento de delegacias de forma a desativar as ociosas e criar superintendências regionais para ocupar o lugar das atuais Delegacias Regionais.

A ideia é dividir o Estado em 25 áreas de atuação que serão conhecidas como superintendências, escolhidas de acordo com o índice de criminalidade e violência. Nessas áreas/Regiões as polícias Militar, Civil e o Corpo de Bombeiros atuarão de forma conjunta. Nas cidades que não existirem as superintendências, haverá necessidade de deslocamento das equipes.

A Secretaria de Defesa Social quer seguir um modelo de combate à criminalidade semelhante ao que vem sendo adotado em estados como Pernambuco, Rio de Janeiro e Paraná e de alguma forma reduzir os custos com delegacias consideradas ‘ociosas’.

O plano discutido na reunião do Conseg deixou o Sindicato da Polícia Civil de Alagoas (Sindpol) preocupado. O sindicato critica o fato de a população não atendida pela superintendência ter que se deslocar de sua cidade para conseguir atendimento e proteção policial, além da falta de efetivo suficiente para dar suporte ao trabalho no interior.

“O projeto não esclareceu quais delegacias serão extintas, apenas informou a criação de oitos áreas integradas em Maceió, duas em Arapiraca e dezessete em cidades estratégicas”, disse o Sindpol, através de nota à imprensa. Para eles a proposta é polêmica e inviável.

O presidente do Sindpol, Josimar Melo, defendeu a importância da permanência das delegacias nas cidades, tanto para investigação como conhecimento da área e assistência à população. “Sem isso, o trabalho estaria inviabilizado”.

As falhas detectadas no projeto deverão ser encaminhadas ao Conseg.