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Após mal-estar, Dilma e Blatter encerram reunião após sorrisos e aperto de mão

Ronaldo, Pelé e Aldo Rebelo também participaram do encontro em Brasília

Reuters

Sorridentes, Blatter e Dilma apertam as mãos durante o encontro no Palácio do Planalto

Com direito a uma foto sorrindo e apertando as mãos, a presidente da República, Dilma Rousseff, e o mandatário da Fifa, Joseph Blatter, reuniram-se por um pouco mais de uma hora nesta sexta-feira no Palácio do Planalto, em Brasília. O encontro demorou 50 minutos para começar por causa do atraso de Pelé, embaixador honorário do Brasil para a Copa do Mundo de 2014.

O ex-atacante Ronaldo, membro do conselho de administração do Comitê Organizador Local do Mundial (COL), e o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, também participaram da reunião. A assessoria da Fifa ainda não confirmou se Blatter dará entrevista após o encontro para explicar o que foi discutido com Dilma.

Depois da visita ao Palácio do Planalto, Blatter terá um almoço com líderes do governo, previsto para 13h (de Brasília). O encontro será importante para conversar sobre a Lei Geral da Copa, que teve sua votação adiada pelos deputados para a próxima quarta.

Ronaldo também é esperado no almoço na Residência Oficial do presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia. Também foram convidados o relator da Lei Geral da Copa, Vicente Cândido, e o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia, além de outros líderes partidários.

Na viagem ao Brasil, a missão de Blatter é aparar as arestas com o governo brasileiro após a polêmica declaração do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, que pediu um "chute no traseiro" do país por causa dos atrasos nas obras do Mundial e na aprovação da Lei Geral.

O episódio irritou o governo, que pediu um novo interlocutor à Fifa para as conversas sobre a Copa. Após pedidos de desculpas, a entidade cancelou a viagem de Valcke ao país que estava marcada para esta semana, quando o francês visitaria as obras de Recife, Brasília e Cuiabá.

Blatter também deverá cobrar explicações sobre a liberação da venda de bebidas alcoólicas nos estádios durante os jogos de 2014. Os deputados chegaram a tirar autorização do texto da Lei Geral na última quarta, mas o governo voltou atrás já que o tema faz parte do termo de garantia assinado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando o Brasil apresentou a candidatura para sediar o Mundial.