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MPF e Ibama produzem documentário sobre mangues

Documentário é fruto de um TAC.

Ascom/MPF

MPF e Ibama produzem documentário sobre mangues

Numa parceria entre o Núcleo de Biodiversidade do Ibama e a Assessoria de Comunicação do Ministério Público Federal (MPF) em Alagoas, o documentário No Rumo do Uçá entra nesta terça-feira (27), a partir das 17h, na grade de programação TV Assembleia, emissora pública da Assembleia Legislativa do Estado (ALE). Produzido em 2011 e finalizado este ano, o vídeo surgiu de uma compensação ambiental determinada pela Justiça Federal, em ação proposta pelo MPF em 2008 por conta da devastação de uma área de manguezal na praia da Garça Torta, Maceió.

A mesma ação, proposta à época pela procuradora da República Niedja Kaspary, resultou em outras duas obrigações para a construtora: a publicação do livro Recuperação de Manguezais em Alagoas, de autoria do engenheiro agrônomo do Ibama, Paulo César Auto, e a cartilha-jogo ABC do Mangue, também produzida pela Assessoria de Comunicação do MPF/AL.

A publicação recebeu o Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça de 2011, na categoria publicação especial, além ficar entre os três melhores trabalhos na categoria Assessoria de Comunicação do Prêmio Braskem de Jornalismo, também no ano passado.

De acordo com Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado perante a Justiça, a construtora termina de cumprir a compensação ambiental com o custeio da produção de 400 cópias do DVD com o documentário, que serão distribuídas em órgãos públicos, associações comunitárias e escolas públicas.

A produção do documentário é dos servidores do Ibama e do MPF em Alagoas. O engenheiro florestal Nazir Salman (Ibama) ficou encarregado da produção executiva, enquanto o jornalista Wladymir Lima (MPF) elaborou o roteiro, dirigiu e montou o documentário, além de dividir as filmagens com o cinegrafista Dickson Pimentel, contratado com custos para a empresa cumpridora da obrigação.

Produção própria

Os trabalhos de pesquisa, filmagem e montagem levaram cerca de um ano. Para produzir o vídeo, a equipe visitou municípios do Litoral Norte e Sul, além de Maceió, e ouviu especialistas em urbanismo e meio ambiente, pescadores e catadores de caranguejo. O resultado é um vídeo de 23 minutos, que trata, numa linguagem simples e direta, dos efeitos nocivos da devastação dos manguezais e da importância desse ecossistema para a manutenção da biodiversidade e da própria vida humana.

Considerado um berçário de espécies, os manguezais são responsáveis por 30% da proteína animal consumida no Brasil, o país com as maiores áreas contínuas de manguezal no mundo inteiro, com cerca de 12 mil km2. Hoje, uma das principais ameaças a esse ecossistema fundamental para a sobrevivência humana são as construções, sobretudo de condomínios, hotéis, pousadas e casas de veraneio.

O documentário pode ser visto pela NET, canais 15 (analógico) e 7 (digital), e também pela internet (em breve), na página da Assembleia Legislativa de Alagoas (www. ale.al.gov.br).

O processo que deu origem às obrigações é de número 000360116.2008.05 e corre em segredo de justiça.

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