Protesto será na segunda-feira.
Em protesto contra a prefeitura de Estrela de Alagoas, o Sinteal realizou na tarde da última 3ª feira (03/04) um ato público em frente à Secretaria de Educação do município de Estrela de Alagoas. Segundo o secretário de Assuntos Jurídicos do Sinteal, Jailton Lira, “a prefeitura e a secretaria municipal de Educação estão se negando a implantar o piso salarial dos professores de nível superior e não apresentam nenhum percentual de reajuste a funcionários de apoio e administrativo”.
“Apesar das tentativas de negociação feitas pelo Sinteal, através de seu núcleo regional e da própria diretoria estadual da entidade, a prefeiura mostra-se inflexível na recusa à valorização da carreira dos profissionais da educação”, afirma Jailton Lira. Segundo ele, a posição atual da administração municipal é a de que a lei federal do piso será aplicada apenas entre os profissionais de nível médio, o que representa três pessoas em toda a cidade. Sobre o percentual de reajuste para profissionais de apoio e administrativo ela não apresentou nenhuma proposta de reajuste.
“Uma escola não existe sem todos os seus funcionários. Um gestor que não respeita funcionários da educação não valoriza o ambiente escolar, não pensa na qualidade da educação. Além disso, é fundamental entender que piso e carreira andam juntos. O poder público precisa incentivar a formação profissional, incentivar que seus educadores façam curso superior, especialização, mestrado, doutorado”, alerta o diretor do Sinteal.
O Sinteal realizará com os servidores da educação um café-da-manhã na próxima 2ª feira (09/04), com início às 08h00 e haverá a continuidade da paralisação das atividades. “Vamos continuar na luta para a retomada das negociações. É absurdo que a prefeitura não queira cumprir o piso do magistério enquanto abusa com vantagens do tipo gratificações para um seleto grupo de pessoas”, finalizou o diretor do Sinteal.
Lei do Piso
O Ministério da Educação (MEC) anunciou no dia 27 de fevereiro o percentual de reajuste do piso nacional do magistério, que deveria ser atualizado em 22,22% e passar para R$ 1.451. A atualização segue a determinação do artigo 5º da Lei 11.738, de 16 de junho de 2008, aprovada pelo Congresso Nacional. O piso salarial foi criado em cumprimento ao que estabelece o artigo 60, inciso III, alínea "e" do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.