Em 2008 era improvável, mas a eliminação aconteceu.
Joel Santana
Em 2008 era improvável, mas a eliminação aconteceu. Agora, diante da situação, não será nenhuma novidade se o Flamengo terminar a quinta-feira precocemente eliminado da Libertadores da América, o que será, sim, um vexame ainda maior que a queda proporcionada pelo mexicano América quase quatro anos atrás.
Motivos para justificar tal classificação não faltam. Daquela vez, o confronto já valia pelo mata-mata, fase que o time comandado por Joel Santana e dos badalados Ronaldinho Gaúcho e Vagner Love sequer teria o gosto de disputar caso confirmada a possibilidade mais real: vitória de Olimpia-PAR ou Emelec-COL no duelo direto entre ambos, na casa do primeiro. Só o empate sAlém de cair na primeira fase, o fato de poder ser o único representante brasileiro fora das oitavas de final aumentaria o vexame, afinal, dificilmente Santos e Internacional ficarão de fora da próxima fase. Corinthians, Fluminense e Vasco já estão garantidos.
Joel Santana crê no milagre. "Não é de outro mundo as duas equipes empaterem o jogo. Se houvesse um desequilírio muito grande, tirava o cavalo da chuva e diria que acabou. Aqui vai ser mais difícil do que eles empatarem lá", afirmou o treinador.
O comandante sabe que a situação pode ser pior que em 2008, quando ele vinha de conquista de título do Carioca e estava de malas prontas para ir à África do Sul e dirigir a seleção local até a disputa da Copa do Mundo de 2010. Naquele 7 de maio, foi ovacionado no início do jogo, mas após os 3 a 0 do América – que perdera no México por 4 a 2 -, teve de lidar com um Maracanã lotado em silêncio.
Vencer o Lanús no Engenhão a partir das 19h30 desta quinta, pelo grupo 2, é, portanto, mais do que obrigação para o Flamengo. A vaga depende do jogo no Paraguai, e se ela não vir, os dias devem ser de tensão na Gávea. Experiente, Joel já tenta amenizar em caso de confirmação do vexame.
"O Flamengo também não vai morrer por isso, não [eliminação]. Vai ter força para se programar e voltar. Não vai ser a primeira e nem a última vez que disputa a Libertadores", disse. Resta saber se diretoria e torcida rubro-negras pensam da mesma forma. erve para os rubro-negros