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Fla bate o Lanús, flerta com milagre, mas vê Emelec ganhar e levar a vaga

No Engenhão, Rubro-Negro se impõe e vence sem grandes problemas, por 3 a 0. No outro jogo, Olimpia empata aos 46, mas leva um gol logo depois

AP

Vagner Love tenta levar o Flamengo ao ataque diante do Lanús, no Engenhão

O que parecia sonho distante chegou a ficar perto de se tornar realidade na noite desta quinta-feira. O Flamengo, que precisava vencer seu jogo e torcer por um empate no Paraguai, esteve a poucos minutos de atingir seu objetivo, mas não se classificou às oitavas de final da Taça Libertadores. No Engenhão, o Rubro-Negro bateu o Lanús por 3 a 0, gols de Welinton, Deivid e Luiz Antonio. Ronaldinho Gaúcho teve em alguns momentos uma atuação que fez lembrar sua melhor fase na carreira. Em Assunção, porém, Olimpia e Emelec empatavam por 1 a 1 até os 42 minutos do segundo tempo. Os equatorianos fizeram o segundo gol, levaram o empate, aos 46 (resultado que classificava o Flamengo), mas conseguiram o gol da vitória por 3 a 2 aos 47 e ficaram com a vaga.

Àquela altura, o jogo do Fla já havia acabado. Os jogadores aguardavam em campo. Léo Moura, com um fone de ouvido, ouvia a transmissão de TV do canal Fox Sports. A tristeza do lateral e dos flamenguistas foi transmitida ao vivo. Love chorou.

Com o resultado, o time carioca terminou sua participação no Grupo 2 na terceira colocação, com oito pontos, dois a menos que o líder Lanús e um a menos que o Emelec. O Olimpia também somou oito pontos, porém perdeu para os rubro-negros no saldo de gols e ficou na lanterna do grupo. O mesmo Olimpia que o Flamengo vencia por 3 a 0 até os 31minutos do segundo tempo, na terceira rodada. Agora, aquele empate se revela impiedoso.

Fla demora, mas engrena
O Flamengo entrou em campo em ritmo lento, e foi o Lanús que comandou as ações nos minutos iniciais. A primeira boa chegada rubro-negra se deu aos nove minutos, quando Ronaldinho deu bom passe para Love no lado esquerdo da área. O atacante bateu para fora, rente à trave direita do goleiro Marchesín.

O Lanús, que uma vez mais atuou sem Camoranesi, machucado (no jogo de ida, na Argentina, o campeão mundial pela Itália também fora vetado) seguiu com domínio territorial, mas acabou por levar o primeiro gol numa jogada de bola parada. Aos 17, Bottinelli bateu escanteio, e Welinton apareceu no segundo pau para escorar de cabeça. Foi o terceiro gol do zagueiro com a camisa do Flamengo, o primeiro no ano.

Sonho possível
Com o gol, o Flamengo se animou e passou a criar mais, porém não deixou de sofrer com contra-ataques. Ronaldinho alternou bons e maus momentos. Tentou algumas jogadas de efeito e acertou umas, errou outras. Após cobrar uma falta na barreira, ouviu a torcida pedir Bottinelli numa segunda oportunidade. R10 cobrou, outra vez na barreira, mas dessa vez a bola sobrou para Love, que quase marcou o segundo.

Na defesa, o Flamengo voltou a dar sustos. Aos 27 do primeiro tempo, o Lanús entrou tabelando na área rubro-negra e a bola chegou a Valeri, que soltou uma bomba. Felipe mandou a escanteio. Na cobrança do tiro de canto, Regueiro apareceu livre na área, mas cabeceou para fora.

Ainda antes do intervalo, o Flamengo conseguiu ampliar sua vantagem. Aos 41, Ronaldinho fez bela jogada pelo meio e deu passe açucarado para Deivid. O atacante recolheu no lado direito da área e bateu rasteiro. A bola desviou levemente na zaga antes de tomar o caminho da rede.

No fim do primeiro tempo no Engenhão, tudo dava certo para o Flamengo. O time vencia por 2 a 0, e Olimpia e Emelec empatavam em Assunção. Entretanto, pouco antes do fim da etapa inicial no Paraguai, o Olimpia abriu o placar.

R10 à moda antiga
No segundo tempo, o Flamengo tinha a missão de conservar sua vitória e torcer para que o Emelec buscasse o empate em Assunção. E o Rubro-Negro só precisou de cinco minutos para conseguir o esperado conforto no placar. Luiz Antonio deu um chapéu antes do meio do campo e iniciou um contra-ataque. A bola chegou a Deivid, que passou até Ronaldinho. O craque então fez lembrar o jogador que encantou o mundo na última década. Deixou dois marcadores para trás com dribles plásticos e cruzou na medida para Luiz Antonio, que pegou de primeira e fez 3 a 0.

Com boa vantagem, o Flamengo viu o Lanús subir de produção. O time argentino, tocando bem a bola, conseguiu se colocar mais à frente e passou a rondar mais a área rubro-negra. Aos 9, Willians, machucado, deu lugar a Muralha.

O centroavante Pavone, um dos principais destaques do Lanús, incomodou o Flamengo com alguns chutes. Num deles, Felipe defendeu. Em outro, a bola saiu por cima do gol.

Jogo louco no Paraguai
Aos 23 minutos, a torcida explodiu no Engenhão. O Emelec empatou o jogo. Era tudo o que o Flamengo precisava. Joel, à beira do campo, comemorou efusivamente.

Daí em diante, o panorama seguiu com o Flamengo tentando tocar a bola e criar chances, e o Lanús mais presente, porém sem muito ímpeto para buscar uma reação. Classificado, o time argentino tentou diminuir a desvantagem, mas não criou grandes chances.

As atenções, de fato, estavam em Assunção. Olimpia e Emelec lutaram em busca da vitória que daria a classificação. Nos minutos finais, o jogo ficou sensacional. Três gols a partir dos 42 minutos. Melhor para o Emelec, que venceu por 3 a 2 e tirou a vaga das mãos do Flamengo com o gol decisivo aos 47 do segundo tempo.