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Após 3 anos, assassinato de mineiro volta à baila; alvo seria juiz

O caso foi reaberto, por solicitação do Ministério Público Estadual, e hoje é presidido pela delegada Sheila Carvalho.

Alagoas24horas/Arquivo

Nudson foi executado a tiros na Avenida João Davino

Após quase três anos do assassinato do advogado Nudson Harley Mares de Freitas, de 46 anos, o crime volta à baila após denúncias do Jornal Extra de que o verdadeiro alvo do crime seria um membro do judiciário alagoano.

A hipótese não é nova, dias após o crime, um jovem identificado como Antonio Wendel Guarnieri, que havia entrado para o Programa de Proteção a Testemunhas (Provita) por delação premiada, teria afirmado à promotora Marluce Falcão que foi contratado por R$ 20 mil para matar um juiz de Alagoas. Também à época, Marcelo Tadeu foi apontado como alvo.

Guarnieri – que era acusado de assalto a banco em Imperatriz (MA) – teve uma passagem conturbada por Alagoas, após ter se envolvido – na condição de testemunha – no episódio de liberação do traficante Gil Bolinha mediante suposto pagamento de propina. O caso abriu uma verdadeira guerra entre a promotora Marluce Gomes, cujo marido era advogado do traficante, e a Polícia Civil de Alagoas. Guarnieri foi o preso que ‘testemunhou’ a liberação irregular. Nada foi provado – nem explicado.

A testemunha é a mesma que teria confirmado o plano para matar o juiz e que teria resultado na morte do advogado, que estava em Maceió há 20 dias na condição de inspetor de qualidade da construtora OAS. Nudson de Freitas foi morto com vários disparos de pistola .40 na calçada de uma farmácia localizada na Avenida João Davino, em Mangabeiras. Elementos em uma motocicleta, de cor escura e sem placas, teriam se aproximado e efetuado os disparos. O advogado mineiro teve morte instantânea.

O subsecretário de Defesa Social, delegado Paulo Cerqueira, que assumiu a investigação à época, descartou a possibilidade do advogado mineiro ter sido morto por engano. Em entrevista ao Alagoas24Horas em 2009, o delegado disse que “a possibilidade era remota e que a PC já tinha o nome de um suspeito”. Apesar disso, o inquérito foi concluído sem autoria.

O caso foi reaberto, por solicitação do Ministério Público Estadual, e hoje é presidido pela delegada Sheila Carvalho.

A reportagem tentou contato com o juiz Marcelo Tadeu, que hoje responde pela 14ª Vara Cível da Capital, mas não obteve êxito. Informações fornecidas pelo jornal Extra dão conta que o magistrado deverá se reunir com o ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, para discutir o caso.