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Ufal: Governo garante transferir presos, mas estudantes mantêm paralisação

comunidade acadêmica reclama que a UFAL é vítima de constantes de invasões durante fugas de reeducandos do Presídio de Segurança Média Desembargador Luís de Oliveira Sousa.

Priscylla Régia/Alagoas24Horas

Estudantes UFAL fazem protesto em frente ao Palácio

Mesmo em negociação com o Governo de Alagoas, os estudantes da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) de Arapiraca decidiram – na tarde desta sexta-feira, 13 – manter a paralisação das atividades no campus. A comunidade acadêmica reclama que a UFAL é vítima constantes de invasões durante fugas de reeducandos do Presídio de Segurança Média Desembargador Luís de Oliveira Sousa.

O estopim aconteceu no dia 2 de abril, quando pelo menos 9 detentos fugiram do presídio, ocasionando uma grande correria na universidade. Por conta disso, as atividades na UFAL foram paralisadas por tempo indeterminado até que os reeducandos sejam transferidos.

"A situação na universidade é crítica e os estudantes vivem amedrontados. A UFAL foi construída abraçando o presídio e a insegurança é constante no local. Foram várias fugas e invasões. Na última só não aconteceu morte porque não tinham alunos na sala mais atingida pelo tiroteio", contou Victor Farias, membro do Diretório Central dos Estudantes (DCE).

Acampados em Maceió desde ontem, um grupo de estudantes do pólo Agreste foi recebido pelo governador Teotonio Vilela (PSDB), na tarde desta sexta-feira. Por seu microblog no Twitter, Vilela assegurou transferência dos reeducandos e garantiu que será mantido o contato com o Poder Judiciário para que o caso seja resolvido de forma rápida.

No entanto, mesmo com a promessa, os estudantes resolveram continuar com a paralisação até que os reeducandos sejam transferidos definitivamente. “Antes nos deram um prazo de 90 dias para que eles fossem transferidos, mas não aconteceu, pois a liminar da Justiça foi derrubada. Tivemos uma reunião hoje com o governador e a negociação foi ótima, mas só iremos retornar as atividades quando os presos realmente saírem do presídio”, disse Victor Farias.

Ainda nesta tarde, os estudantes tinham bloqueado a rua em frente ao Palácio República dos Palmares, mas desobstruíram o trânsito após a chegada do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE).